Venda de tablets deve cair em 2015 após 2014 decepcionante

Consultoria prevê 9,3 milhões de unidades vendidas no Brasil neste ano. Empresa mantém projeção conservadora apesar de crescimento de 13%


A venda de tablets no Brasil deve cair 2% este ano, para cerca de 9,3 milhões de unidades, depois de um 2014 com resultado abaixo do esperado para o segmento, afirmou a consultoria especializada IDC Brasil, nesta segunda-feira (23).

"A nossa projeção está mais conservadora por conta das incertezas que rondam os projetos de educação que serão implementados pelo governo federal, da volatilidade do dólar e pela própria conjuntura econômica", disse Pedro Hagge, analista da IDC Brasil.

Em 2014, as vendas de tablets no brasil subiram 13%, para cerca de 9,5 milhões de unidades, mas o resultado ficou abaixo do esperado pela IDC, que estimava vendas de pelo menos 10 milhões de unidades no ano passado.

"O tablet já não é mais uma novidade e há uma 'canibalização' do mercado, principalmente pelos lançamentos de 'phablets' (celulares inteligentes com telas maiores). Isso, aliado à má experiência de uso de aparelhos de baixa qualidade, impactou o desempenho", disse Hagge. Ele também destacou que a Copa do Mundo, as eleições e a alta do dólar no fim do ano tiveram impacto nas vendas de tablets no país.

Do total de tablets vendidos em 2014, 96% das vendas foram para o consumidor final, 4% para o mercado corporativo e 0,3% (31 mil unidades) correspondeu a notebooks com telas destacáveis, informou a IDC Brasil

Em 2014, a faixa de preço que mais se destacou foi a de tablets de até R$ 500, com cerca de 85% dos aparelhos comercializados. Aparelhos que custavam entre R$ 500 e R$ 1 mil representaram 10%, e os acima de R$ 1 mil, apenas 5% do volume total de vendas.

Entre outubro e dezembro do ano passado, foram comercializados cerca de 3 milhões de tablets no país. Na comparação com o mesmo período de 2013, não houve crescimento, porém, considerando o desempenho do terceiro trimestre de 2014, o mercado teve alta de 30%.

G1

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