Fallout 4 em novembro e novo 'Doom' brutal

Bethesda fez conferência na feira de games pela 1ª vez no domingo (14). 'Dishonored 2' foi revelado com jogo de cartas 'The Elder Scrolls Legends'.


Foi sua primeira vez no palco, mas ela mostrou ter faro para gol. Com equilíbrio entre criação de expectativa e o tipo de informação que os fãs querem ver, a produtora Bethesda fez uma boa estreia em conferências antes da E3 (Electronic Entertainment Expo), na noite de domingo (14), em Los Angeles (EUA).

Em sua apresentação, a empresa mostrou o novo "Doom" rodando pela primeira vez – e ele está mais brutal do que nunca; confirmou o desenvolvimento da sequência "Dishonored 2", que desta vez terá uma protagonista mulher; revelou o game de cartas "The Elder Scrolls Legends"; e apresentou de vez o tão aguardado "Fallout 4", que fechou o evento colocando a cereja no bolo. O novo RPG pós-apocalíptico será lançado ainda em 2015, no dia 10 de novembro.

Menos é mais
Esqueça "Doom 4". A reincarnação de uma das franquias mais famosas dos games de tiro se chama simplesmente "Doom" porque quer resgatar o que há de melhor nesse nome. E como Marty Stratton, produtor executivo da Id Software, disse na conferência, "Doom" sempre foi conhecido por três coisas: "monstros malvados, armas enormes e f*&@s e movimentação muito, muito rápida". Foi isso que se viu no telão.

Com ajuda dos inéditos pulos duplos, o novo "Doom" até ganha uma dimensão a mais, de exploração vertical, mas isso de forma alguma parece diminuir a intensidade dos tiroteios no chão. Monstros vêm de todos os lados e não há muito espaço para pensar sem tirar o dedo do gatilho.

Para realizar a tarefa, o jogador tem à disposição o vasto arsenal de armas ignorantes já conhecido da série: espingarda, super espingarda, raio laser e até uma sugestão à BFG, a mais famosa de todas, no fim da demonstração. Esse banho de sangue e (ainda mais) brutalidade é coroado com a inclusão de golpes de misericórida.

Após alguns tiros, os inimigos começam a piscar. Essa é a sua deixa para arrancar a pata do monstro e bater com ela no rosto da criatura. Muito sutil. Mas nem por isso as mortes "normais", por meio de bala, deixam de ser igualmente violentas, com os oponentes se esmirilhando diante de um tiro bem dado de calibre 12.

Além disso, "Doom" terá um modo multiplayer "old school", com batalhas em arenas, e um impressionante criador de fases chamado Snapmap. Com ferramentas bem completas, mas aparentemente de fácil acesso, o jogador consegue fazer desde alterações simples de objetivos até a construção de mapas completos.

O novo "Doom" será lançado no 1º semestre de 2016 para PlayStation 4, Xbox One e PC.

Time dos desonrados
Como já se especulava, a Bethesda confirmou em sua apresentação o desenvolvimento de "Dishonored 2" para PS4, Xbox One e PC, mas não entrou em muitos detalhes. A empresa exibiu um breve teaser do game, que não revela muita coisa além do fato de Emily Kaldwin, a menininha que você tem de salvar no primeiro jogo, ser uma das protagonistas da nova aventura.

Mas não podia faltar raio remasterizador na conferência da Bethesda. Logo após exibir "Dishonored 2", a produtora anunciou "Dishonored: Definitive Edition", versão completa e remasterizada do game original para PS4 e Xbox One. Chega no fim de 2015.

Truco, 'fus ro dah'!
A Bethesda também embarcou na onda dos games de cartas, muito provavelmente buscando uma fatia do mercado que "HearthStone: Heroes of Warcraft" abocanhou no último ano. Para isso, anunciou "The Elder Scrolls Legends", que deve sair para PC e iPad ainda neste ano. O game será gratuito.

Rosa de Hiroshima
Apesar da demonstração de "Doom" ter sido muito aplaudida por um Dolby Theater lotado, o game mais esperado da noite tinha de ser "Fallout 4". Não é por menos, já que "Fallout 3" foi lançado há distantes sete anos, em 2008. Foi o que aconteceu, a despeito do novo game ser bem parecido com seu antecessor.

Ainda é possível jogar de perspectivas em primeira e terceira pessoas; o sistema V.A.T.S., em que é possível pausar a batalha para mirar em certa parte do corpo do adversário, continua lá; e o computador de pulso pip-boy continua sendo um grande parceiro, junto do seu colega canino.

As diferenças de "Fallout 4" começam em seu contexto. O game inicia antes das bombas nucleares explodirem, e depois volta ao jogador 200 anos no futuro, quando ele acorda em um mundo devastado e é o único sobrevivente do "vault" (abrigo nuclear) 111.

Todd Howard, diretor do game e da série "The Elder Scrolls", subiu ao palco e disse que sua equipe trabalha em "Fallout 4" "há mais de 10 anos". "Nós começamos a desenhar esse game depois do 'Fallout 3', em 2009. Tudo começa com uma obsessão por detalhes. Cada botão, cada luz piscante. Esses pequenos detalhes, juntos, formam algo muito maior".

Prova disso é o inédito sistema de construção de itens do game, talvez o recurso mais ambicioso, apesar do seu uso restrito aos jogadores com mais tempo livre. Agora, cada objeto encontrado no mundo de "Fallout" pode ser desmontado e usado para construir ou modificar outra coisa, seja ela uma armadura, arma ou até um vilarejo inteiro.

Esse sistema permite erguer pequenos edifícios, equipamentos de defesa, armadilhas, e ainda por cima decorar tudo isso.

Mas apesar dos novos detalhes, o público só chegou ao nirvana definitivo no fim. Depois de mais de sete anos de hiato, e uma revelação pálida no início de junho, o sonho de "Fallout 4" está mais perto do que nunca. Contrariando as expectativas, Howard anunciou que seu novo game será lançado logo mais: 10 de novembro, para PS4, Xbox One e PC.

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