Facebook considera ter botão de 'não curtir'

Fundador da rede social diz que usuários pedem função extra, mas empresa quer evitar humilhação de usuários


O botão de "curtir" do Facebook é criticado por ser um método pelo qual o site coleta dados sobre os hábitos de navegação de seus usuários.

O sistema também gerou polêmica por causa do alto volume de "curtidas falsas" – quando a popularidade de uma marca ou conteúdo é inflada artificialmente.

A empresa tenta combater o mercado chamado de "cultivo de curtidas" – empresas que, por um certo valor, oferecem um grande número de curtidas rapidamente, por meio de robôs ou de uma rede de pessoas pagas por cliques.

Em julho de 2012, a BBC criou uma empresa falsa, que prometia enviar bagels (pães em formato de rosca) pela internet, para mostrar que era possível ganhar milhares de curtidas – apesar de ser claramente falsa.

Muitas das curtidas pareciam ser de contas que não eram de pessoas reais. Quase nenhuma delas veio de lugares como os Estados Unidos ou a própria Grã-Bretanha, e, sim, de lugares como as Filipinas.

O Facebook já deu início a processos contra empresas que oferecem "curtidas falsas" e outros serviços fictícios na rede social.

Anunciantes nervosos
Qualquer método mais aperfeiçoado de expressas sentimentos – especialmente negativos – deve deixar os anunciantes do site mais nervosos, segundo Paul Coggins, diretor executivo da agência publicitária Adludio.

"A maior preocupação do Facebook é o rendimento. Eles precisam agradar seus anunciantes. Acho muito difícil que eles criem apenas um botão que diz 'não curti'", disse à BBC.

"Acho que, ao invés de ter apenas um 'curti/não curti', que é um tanto preto e branco, eles devem fazer algo que envolva mais sentimento."

De acordo com Coggins, novos botões poderiam dar diversas opções para que um usuário mostre como se sente a respeito da atualização de alguém em sua rede.

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