Usuários de drogas podem ser internados à força em Goiás

Para Antonio Faleiros, Secretário Estadual de Saúde, possibilidade não pode ser descartada


Em entrevista ao jornal A Redação na tarde desta segunda-feira (21/1), o secretário Estadual de Saúde, Antônio Faleiros, não descartou a possibilidade de implantar em Goiás o programa de incentivo à internação compulsória de viciados em drogas. A ação, desenvolvida em São Paulo, visa a internação forçada de dependentes químicos em estado grave, que não têm condições de tomar decisões sobre um possível tratamento.

De acordo com Faleiros, a medida pode ser adotada em Goiás, porém não neste momento. “Para tomar uma atitude como esta é necessário que se tenha leitos suficientes para atender todos os dependentes químicos, o que não é o caso no momento. Para viabilizar um programa como esse em Goiás precisamos contar com os Centros de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeqs)”, afirma.

“A informação que tenho é que a Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop) vai assinar ainda esta semana, acredito que amanhã (22), uma ordem de serviço para dar início à construção do primeiro centro, que será instalado em Aparecida de Goiânia (GO). Outros serão construídos e, a partir daí, poderemos pensar nas internação de viciados em drogas”, diz.

“Acho que é uma iniciativa válida porque muitos dependentes já não têm mais condições de saber o que é bom e o que é ruim. Por isso acho que em alguns casos o início da desintoxicação terá que ser forçada.”

Credeq
No final de 2011, o governador Marconi Perillo anunciou a construção de cinco Credeqs no Estado e, conforme estava previsto, as obras começariam em 2012. No entanto, conforme afirmou Antônio Faleiros na entrevista, as obras só devem ser iniciadas nos próximos dias.

De acordo com o que foi divulgado pelo governo de Goiás, o Credeq de Aparecida de Goiânia (GO), primeiro a ser construído, terá capacidade para atender 96 pessoas em regime residencial, sendo 42 adultos, 42 adolescentes e 12 crianças.

O Centro fará parte da Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde (SUS) e será integrado aos demais serviços públicos de saúde que atendem os usuários de drogas. Serão incluídos no tratamento crianças, adolescentes e adultos com diagnóstico de uso e dependência de álcool, crack e outras drogas, e que tenham grave comprometimento psicossocial.

Fonte: A Redação

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