Por que a capa de Veja com Aécio preocupa tanto Marconi?

Segundo a revista, Aécio teria recebido propinas de Benedicto Junior por uma conta sediada em Nova York


Voltou a cair como uma bomba no Palácio das Esmeraldas a capa desta semana da revista Veja em que o senador Aécio Neves (PSDB) é considerado a bola da vez da delação da Odebrecht. Ele foi delatado pelo ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura Benedito Júnior, o BJ, em depoimento ao TSE. Segundo a delação descrita na revista, o tucano teria recebido R$ 9 milhões em caixa dois para campanhas eleitorais do PSDB. Um dos esquemas envolve a Cemig, em contratos semelhantes que a Odebrecht fez com a Saneago em Goiás.

Segundo a revista, Aécio teria recebido propinas de Benedicto Junior por uma conta sediada em Nova York, operada pela irmã Andrea Neves. Benedicto Junior foi um dos 78 executivos da empreiteira a firmar acordo de delação com a Justiça - e era ele que cuidava das operações em Goiás e Minas Gerais. Em seu depoimento, ele afirmou que fez depósitos em uma conta no exterior enquanto Aécio era governador de Minas Gerais. Os pagamentos eram referentes ao atendimento de interesses da construtora em empreendimentos do governo mineiro e à construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia.

O senador já é um dos políticos mais citados nas denúncias da Odebrecht, assim como o político que recebeu uma das mais altas somas da empreiteira, totalizando cerca de R$ 70 milhões, considerando os pagamentos de 2003 até agora. De acordo com a revista, Aécio não declarou a quantia ao Tribunal Superior Eleitoral, ao qual o político afirmou ter recebido 15,9 milhões da Odebrecht em 2014.

Aécio já havia sido denunciado pelo empresário Marcelo Odebrecht, também em depoimento ao TSE. Marcelo alega que Aécio havia pedido R$ 15 milhões, valor que foi destinado à campanhas tucanas em 2014 entre os meses de outubro e novembro daquele ano, justamente durante o 2º turno das eleições em Goiás e no Brasil.  

Aécio confirma que por ser presidente do PSDB, "solicitou, como dirigente partidário, apoio para inúmeros candidatos de Minas e do Brasil". O nome do governador Marconi Perillo (PSDB) não é citado na reportagem, mas a sua proximidade com Aécio na campanha de 2014 faz com que fique na mira da operação.

Goiás Real

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