Pelo menos por enquanto, Júnior Friboi e aliados, que apoiaram Marconi Perillo, estão livres de punição, conjuntura que resultou no anúncio da saída da deputada federal (que não foi reeleita) da Executiva do partido

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A deputada federal Iris Araújo (PMDB) anunciou nesta segunda-feira (10) que está deixando a Executiva Regional do partido para “se reorganizar”. O anúncio aconteceu durante reunião que mobilizou os membros da direção peemedebista e todos os parlamentares eleitos, com exceção de Ernesto Roller. Durante o encontro, ficou decidido que as eleições para os diretórios Estadual e municipais serão antecipadas para o começo do próximo ano. Serão essas novas direções que vão avaliar os casos de infidelidade partidária do empresário Júnior Friboi e de integrantes de seu grupo, que declararam apoio ao tucano Marconi Perillo em detrimento de Iris Rezende nas eleições deste ano.

A decisão de postergar possíveis punições aos infiéis soou como um indício de que nada deve ocorrer com o grupo friboizista, situação que teria irritado Iris Araújo e indicado que os aliados do empresário estão fortalecidos na direção partidária após as derrotas dela e de seu marido nas urnas de outubro (a deputada não se reelegeu e fica sem mandato a partir de 1º de janeiro de 2015).

O deputado estadual eleito José Nelto definiu o sentimento dos iristas após a reunião em entrevista ao jornal O Popular. Segundo ele, o Grupo JBS, pertencente à família de Friboi, financiou campanhas adversárias em detrimento dos peemedebistas, razão pela qual se justificariam as punições.

Segundo o presidente da Executiva Estadual, Samuel Belchior, a saída de Dona Iris foi uma “surpresa”. Segundo ele, as eleições para os diretórios devem ser antecipadas para fevereiro ou março.

A eleição vai confrontar mais uma vez os grupos de Iris e Friboi. Um dos nomes fortes para dirigir o PMDB no próximo ano é o do deputado federal eleito Daniel Vilela, que tem afinidade e o incentivo de Friboi. Por seu lado, Iris alimenta especulações de que pode disputar a eleição para a Prefeitura de Goiânia em 2016, tentando manter a coesão de seus aliados pela expectativa de poder.

Goiás 247