Marconi havia prometido, em 2014, que estado não perderia empresa

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Mesmo com as diferenças partidárias, deputados do PMDB, PT, PCdoB e PRP uniram-se na posição contrária a autorização da Assembleia Legislativa para que o governo estadual possa privatizar a Celg. Os parlamentares revezaram-se na tribuna com discursos contundentes contra a proposta do governador Marconi Perillo (PSDB) de vender a maior empresa de Goiás.

Líder do PMDB na Casa, o deputado José Nelto lembrou que o próprio governador havia se comprometido, durante a campanha eleitoral de 2014, que Goiás não perderia a Celg. “Marconi não tem o mesmo prestígio, não tem mais credibilidade. Engana-se quem acreditar que não reagiremos”, anunciou o peemedebista.

O deputado Major Araújo (PRP) fez coro às palavras de Nelto. Além das críticas, o parlamentar lançou dúvida sobre o real motivo da tentativa desesperada de Marconi em vender a Companhia. “Alguém será beneficiado. E olha se não for o próprio governador por meio de algum laranja”, suspeitou Araújo.

Adriana Accorsi (PT) lembrou que se for privatizada, a Celg será administrada sem o compromisso social que toda empresa pública deve ter. “Não é apenas pelo direito dos trabalhadores, é também pelo direito ao acesso à energia”, ressaltou a deputada. A deputada Isaura Lemos (PCdoB) também se pronunciou contrária a venda da Celg e o prejuízo que a negociação possa causar aos trabalhadores.

Votaram contra o projeto que autoriza a venda da Celg: José Nelto, Adib Elias, Ernesto Roller, Bruno Peixoto e Paulo Cezar Martins, todos do PMDB; Adriana Accorsi e Humberto Aidar, ambos do PT; Major Araújo (PRP) e Isaura Lemos (PCdoB).