Ninguém quer substituir José Eliton

Segurança Pública de Goiás segue com interino


No dia 1º de dezembro do ano passado o governador Marconi Perillo (PSDB) anunciou a saída do vice-governador José Eliton (PSDB) do comando da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária. O ano terminou e o governador não conseguiu um substituto para tocar a pasta. A segurança pública é o principal gargalo do quarto mandato de Perillo e Eliton decidiu deixar o cargo na tentativa de salvar sua candidatura ao governo em 2018.

Em fevereiro de 2015, após a crise na área acentuar, Marconi escalou Eliton para comandar a Segurança Pública e dar uma guinada na escalada da violência em Goiás. Advogado de formação e dublê de político, o vice-governador vestiu-se de xerife e anunciou que a área passaria por uma transformação no Estado. O que se viu, desde então, foi um cem números de ações midiáticas – incluindo entrevistas após prisão de criminosos, visita a blitz até debaixo de chuva, entre outras fanfarronices.

Aos poucos, José Eliton percebeu que estava apenas enxugando gelo, vendo sua imagem naufragar diante de uma pasta que exigia muito mais do que marketing pessoal a despeito de ações negligenciadas por Marconi durante seus quatro governos: como concursos públicos, aumento do efetivo, investimento em equipamentos e melhoria das delegacias e presídios.

O abacaxi na Segurança Pública é tão grande que mais de 40 dias após José Eliton desistir do cargo e pedir para sair (logo após ele mesmo ter sido baleado em Itumbiara), Marconi simplesmente ainda não encontrou um substituto. Pelo menos dois deputados, Célio Silveira (PSDB) e João Campos (PRB), foram convidados e recusaram.

Ainda que uma das principais ações de José Eliton à frente da pasta tenha sido investir em esconder e maquiar números e estatísticas, o crime continuar dominando Goiás, que lidera diversas estatísticas e, recentemente, foi alvo de reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo.

Goiás Real

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