Metalúrgicos da Mitsubishi entram em greve em Catalão

Cerca de dois mil trabalhadores fazem protesto em frente à fabrica


Trabalhadores da Mitsubishi em Catalão, no Sudeste do Estado, entraram em greve na manhã de hoje, em protesto contra demissões. Em frente à fábrica, cerca de dois mil metalúrgicos estão de braços cruzados. Nesse momento, haverá uma votação nas propostas apresentadas pela montadora para discutir os rumos da paralisação.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, a paralisação é uma reação a anúncio feito pela montadora, na última sexta-feira, de que pretende demitir 403 funcionários, cerca de 15% do efetivo total da fábrica. Só nessa semana, a entidade diz que 180 trabalhadores já foram dispensados.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão, Carlos Albino, destaca que o objetivo da greve é impedir novos cortes e pressionar a Mitsubishi pela reintegração dos demitidos. Segundo ele, além dos 180 trabalhadores que foram dispensados pela empresa, outros 29 funcionários aderiram a um Programa de Demissão Voluntária (PDV) aberto pela companhia entre quarta e sexta-feira da semana passada. Pelo plano, além das verbas rescisórias, os trabalhadores deverão receber mil reais extras.

O sindicato ressalta que, em reuniões com a empresa, já tentou negociar diversas alternativas às demissões, sem sucesso. A entidade diz que sugeriu lay-off (suspensão temporária dos contratos), day-off (dias de folga), férias coletivas de 30 dias, antecipação da data-base e teria, inclusive, aceitado redução da carga horária de trabalho com redução proporcional dos salários. Segundo a entidade, se a greve não acabar até a próxima segunda-feira, as férias coletivas previstas de 6 a 15 de julho terão de ser suspensas.

A Mitsubishi não confirma os números de demissões divulgados pelo sindicato. Em nota enviada ontem pela assessoria de imprensa, a montadora ressaltou que ainda não há um dado exato de quantas vagas serão cortadas na fábrica de Catalão, pois as negociações com o sindicato ainda estão acontecendo e devem seguir pelas próximas semanas. A empresa declarou também que está "fazendo o máximo possível" para preservar o maior número de postos na unidade.

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