Marconi planeja cortar R$600 milhões na folha de pagamento

Em janeiro, os professores começarão a reivindicar o reajuste anual do piso salarial


Enquanto o funcionalismo do governo do Estado de Goiás cobra a aplicação do reajuste da Data Base, o governador Marconi Perillo atua para conter o crescimento da folha de pagamento.

Na prática, o governo está dizendo ao servidores do Estado que não vai ter reajuste no que vem.

Em recente entrevista, Marconi Perillo indicou que, em 2015, a folha cresceu R$1 bilhão ao mesmo tempo que a receita não cresceu como era previsto, ou seja, de 8% a 10%.

Disse ele: -“Nós acrescentamos esse ano, por conta de aumentos do ano passado, um bilhão a mais na nossa folha de pagamento do ano. Para o ano que vem, há uma previsão de mais de R$600 milhões. E o que nós estamos estudando, trabalhando, para fazer um acordo no Estado e que a gente segure esse aumento de folha no ano que vem. As medidas que deverão ser tomadas ainda não estão decididas, mas nós estamos estudando todas as circunstâncias, todas as possibilidades para que o Estado possa cumprir com as suas obrigações (manter o pagamento em dia) em relação ao funcionalismo que é muito importante”.

As medidas, citadas pelo governador, ainda não foram decididas, mas a secretária da fazenda, Ana Carla Abrão Costa, tem dito não para reajustes esse ano e para o ano que vem.

O funcionalismo, insatisfeito, como o caso dos servidores da Justiça, que estão em greve, recebeu indicações de que vai piorar. A greve do Judiciário tende a uma continuidade.

Em janeiro, os professores começarão a reivindicar o reajuste anual do piso salarial que, em 2015, começou a ser pago em agosto. Em 2016, a negociação tender a ser muito mais difícil, tanto para o governo quanto para a categoria.

As entidades representativas da segurança pública, civis e militares, que buscam cumprimento de acordo, continuarão com o “não” dito pela secretária.

Em síntese, previsão de tempos difíceis na relação entre o governo de Marconi Perillo e os servidores públicos.

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