Mesmo assim, governador fala em “ajuste”

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A crise financeira em Goiás que pune terrivelmente os servidores, principalmente da Segurança, Saúde e Educação tem poupado os indicados políticos do governador Marconi Perillo (PSDB). Apesar de todos os discursos de ajuste, o gráfico do número de comissionados apresenta uma surpresa: em fevereiro houve o tão propalado ajuste do governador, mas nos meses seguintes o número de comissionados volta a crescer.

Se levar em conta os números de fevereiro, o aumento até novembro é de 71%, ou seja, o governador não conseguiu segurar a sanha dos aliados por cargos e acabou recontratando a maior parte de volta, anulando sua reforma de início de ano. O ajuste se perdeu com nomeações mês a mês e a folha de pagamento nesse período cresceu e hoje ultrapassa R$1 bilhão. Marconi também aprovou um aumento salarial para ele próprio e para o primeiro escalão.

O anúncio realizado na segunda-feira, 30, pelo governador de um corte de 500 comissionados só deverá ser levado a sério se for anunciado onde e quem será desligado. Para os goianos, a palavra do governador hoje e um risco n'água representa a mesma coisa.

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