Objetivo é discutir as dificuldades que o setor enfrenta

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Foram abertos os trabalhos da Frente Parlamentar do Agronegócio na manhã desta terça-feira, 7, no Auditório Solon Amaral, da Assembleia Legislativa. O deputado Lissauer Vieira (PSD), coordenador da Frente e vice-presidente da Comissão de Agricultura, destacou os principais objetivos a serem trabalhados pela equipe.

“A Frente Parlamentar do Agronegócio vem para discutir as dificuldades que o setor enfrenta. Nós temos que discutir amplamente a questão da energia elétrica e também a questão da infraestrutura. Vamos propor a criação do Consórcio de Máquinas Regionalizado, para ajudar as prefeituras que vêm enfrentando um momento difícil na construção de estradas vicinais, e este consórcio vai trabalhar nesse sentido,” afirmou o deputado Lissauer.

Questionado sobre a atenção que será direcionada aos pequenos produtores, Lissauer afirmou que será fundamental essa discussão. “Realmente o pequeno produtor é desassistido, por isso ele tem que ter mais suporte maior e um acesso maior aos benefícios concedidos pelo Governo do Estado.”

O parlamentar ainda explicou que será proposta junto à Frente Parlamentar do Agronegócio a criação da Superintendência do Pequeno Produtor, no intuito de dar suporte técnico aos pequenos produtores com a disponibilização de agrônomos e profissionais que possam dar orientações no sentido de aumentar a produção e desenvolver a agricultura familiar.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, ressaltou que não se trata apenas de plantar e produzir. Para Schreiner existem diversas questões, que influenciam na produção, e para trabalhar na solução destes problemas é que a Frente deverá se dedicar.

“Questões políticas às vezes sobrepõem à vontade das pessoas. E a Frente Parlamentar do Agronegócio é fundamental para que possamos estabelecer o debate político, que visa o fortalecimento e ainda assegurar a continuidade da produção. Para que o produtor possa continuar a produzir, gerar renda, gerar superávit na balança comercial e gerar emprego. Por isso é de fundamental importância a manutenção de um debate profícuo em relação ao setor agropecuário, que alavanca a economia do Estado”, disse o presidente da Faeg.
 
Desafios
Conforme o presidente da Faeg, as demandas dos pequenos produtores em Goiás também serão atendidas pela Frente. “Apenas 15% dos produtores no Estado estão nas categorias A e B, ou seja, 85% dos produtores estão nas classes C, D e E. A nossa meta, acima de tudo, é fazer com que parte desses produtores das D e E subam para a Classe C e os da Classe C para B e A.”

O grande desafio, de acordo com Schreiner, é aprimorar os processos, principalmente a assistência técnica. O pequeno produtor sempre precisa de um agrônomo e de um veterinário para orientar, pois a ciência e a tecnologia do setor rural tratam de algo fundamental para manter a qualidade e quantidade na produção.

Mas, observou Schreiner, existe o problema do acesso a essas tecnologias, principalmente para o porcentual majoritário, de 85% de produtores em Goiás, classificados como pequenos produtores. Para José Mário, todos têm de trabalhar no sentido de possibilitar o aumento e desenvolvimento das produções.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado de Goiás (Aprosoja-GO), Bartolomeu Braz Pereira, a pauta principal apresentada pelo segmento será a motivação de elaborar políticas para o setor.

“O setor de produção de soja é predominante no Estado, em 60% das áreas agricultáveis, por isso a necessidade da elaboração de leis que venham realmente atender o objetivo do crescimento da produção, de aumento de empregos e da geração de renda. Esses são os principais objetivos da categoria”, disse Braz Pereira.

Ele também declarou que buscará a implantação do Fundo da Soja, para atender a pesquisa, assistência técnica e os pequenos produtores. Além de políticas desenvolvidas entre o setor produtivo e o Governo do Estado, no sentido de beneficiar todos os produtores goianos.

Composição da mesa
Além do coordenador Lissauer Vieira, compuseram a mesa: o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner; o secretário de Estado Extraordinário do Entorno de Brasília, deputado estadual licenciado Valcenôr Braz (PTB); presidente da Agrodefesa, Arthur Alves de Toledo; o superintendente executivo da Agricultura, Antônio Flávio; e o presidente da Emater, Pedro Antônio Arraes.

Os membros que integram a Frente são os deputados Nédio Leite (PSDB), Lincoln Tejota (PSD), Marquinho Palmerston (PSDB), Adib Elias (PMBD), Álvaro Guimarães (PR), Bruno Peixoto (PMBD), Diego Sorgatto (PSD), Dr. Antonio (PDT), Eliane Pinheiro (PMN), Ernesto Roller (PMDB), Francisco Júnior (PSD), Francisco Oliveira (PHS), Gustavo Sebba (PSDB), Helio de Sousa (DEM), Iso Moreira (PSDB), Jean (PHS), José Vitti (PSDB), Júlio da Retífica (PSDB), Lucas Calil (PSL), Major Araújo (PRP), Manoel de Oliveira (PSDB), Renato de Castro (PT), Sérgio Bravo (Pros),Talles Barreto (PTB), Virmondes Cruvinel Filho (PSD) e Zé Antônio (PTB).
 
Assessoria de Imprensa Assembleia Legislativa de Goias