Friboi: 'Não serei mais candidato'

José Batista Júnior, o Júnior Friboi, afirmou que não será mais candidato nas próximas eleições, mas garantiu que não ficará completamente fora da política


Júnior Friboi foi expulso do PMDB em junho deste ano por ter declarado apoio ao governador Marconi Perillo (PSDB), candidato a reeleição no ano passado. O empresário vê o fato como injusto e alega ter apenas manifestado seu ponto de vista diante da polarização reeditada entre o tucano e o ex-governador Iris Rezende (PMDB).

Aos prefeitos peemedebistas, financiados em 2012 por Friboi, o recado é claro: “Não subirei em palanques, não vou fazer doações... Serei apenas coadjuvante nas eleições de 2016 e 2018. Vou assistir.” O empresário afirmou também que não pretende se filiar a nenhum partido e deve se dedicar exclusivamente ao mundo empresarial.

Questionado sobre sua avaliação sobre o governo Marconi, Júnior preferiu não falar. Apesar de ter criticado o tucano durante sua curta pré-candidatura em 2014, em carta aberta declarou voto ao governador reeleito e foi beneficiado com o perdão de uma dívida bilionária que tinha com o governo do Estado.

A entrevista foi dada durante a apresentação do novo complexo multiuso, o Nexus Shopping & Business, que será construído na Praça Ratinho em parceria com a construtora Consciente.

(Lênia Soares – especial para O HOJE) Júnior, quais são seus projetos políticos para os próximos anos?
Como todos sabem, eu fui expulso do PMDB. Entrei naquele partido para dar uma contribuição com o projeto apresentado em 2014 e, em prol disso, coloquei meu nome como pré-candidato ao cargo de governador. Naquele momento, me preparei para disputar o governo. Me preparei psicologicamente e também como empresário. Acabou não dando certo. Eu renunciei em minha pré-candidatura ao perceber que não poderia seguir com um projeto sozinho, dentro de um partido dividido. Logo depois, começou o processo de expulsão e esperei a decisão do PMDB. Eles me expulsaram. Diante disso, recuei na vida política e estou dedicado a área empresarial. Na política, quero participar apenas como coadjuvante. Não serei mais candidato, nem protagonista em nenhum processo eleitoral. Os negócios tomaram muito o meu tempo e não posso mais me doar como no ano passado. Coloquei vários negócios em andamento no Brasil e em outros países e preciso me dedicar a isso. Vou sempre apoiar o candidato que acreditar ser o melhor nome para Goiás por torcer pelo Estado onde vivo com a minha família. Este é meu projeto.

Mesmo como coadjuvante, vai se filiar em outro partido?
Não. Meu partido hoje é a JBJ Investimentos, minha empresa. Meu partido são meus negócios e minha família.

Como fica o relacionamento com prefeitos que foram eleitos com seu apoio, inclusive financeiro?
Eu contribui, de fato, com vários prefeitos na eleição de 2012. Agora, aproveito para deixar claro que não vou participar mais de palanques políticos, doações... Como disse, serei apenas um coadjuvante sem vínculo partidário. Não participarei nem de eleições de 2016, nem de 2018. Vou assistir.

O senhor apoiou o governador Marconi Perillo (PSDB) no ano passado, mesmo sendo o candidato adversário do seu partido e mesmo tendo se oposto ao tucano, já que foi pré-candidato. Qual a sua avaliação hoje sobre o governo?
Bem, é preciso deixar claro que eu não declarei apoio ao governador. Na medida em que eu retirei minha pré-candidatura, escrevi uma carta dizendo que meu nome estava à disposição para reconstruir o partido porque, naquele momento, o melhor candidato acabaria sendo novamente o governador Marconi. Eu disse que o PMDB perderia a eleição diante da velha polarização, por não permitir a renovação. Com isso eu só disse que o cenário não era favorável ao PMDB. Eu não subi em palanque, não declarei apoio ao Marconi.

O Hoje

Compartilhe

Comente: Friboi: 'Não serei mais candidato'