Eleições 2014: Vanderlan se prepara para a TV

Com menos de 2 minutos, candidato do PSB diz que vai apenas apresentar propostas, enquanto “outros terão de esclarecer muitas coisas erradas que fizeram”


O candidato a governador da coligação Participação Popular, Vanderlan Cardoso (PSB), admite que terá pouco tempo na propaganda eleitoral gratuita, mas afirma que será exclusivamente para a apresentação de propostas, ao contrário de outros postulantes, que terão de explicar atitudes erradas ou quem está em seu palanque. Vanderlan tem o quarto menor tempo, 1 minuto e 57 segundos.

Ele declarou, durante entrevista à Rádio 730, na manhã de ontem, que há candidatos que terão muito tempo na TV, mas precisarão usá-lo para explicar “coisas erradas que fizeram”. Ele completa: “Eles terão de esclarecer muitas coisas. Não vou precisar justificar quem está em cima do meu palanque”, alfinetou.

Apesar de não citar nomes, a crítica teria sido direcionada ao candidato a governador Iris Rezende (PMDB), que tem em seu palanque o candidato a senador, Ronaldo Caiado (DEM), que foi seu adversário nas eleições anteriores.

O maior tempo na propaganda eleitoral é do candidato à reeleição da coligação Garantia de um Futuro Melhor para Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que terá 7 minutos e 19 segundos. Iris Rezende (PMDB), da coligação Amor por Goiás, terá o segundo maior tempo – 4 minutos e 30 segundos. Antônio Gomide (PT) terá 3 minutos e 14 segundos. Wesley Garcia (PSOL) terá um minuto e um segundo de tempo. Alexandre Magalhães (PSDC) terá 58 segundos e a candidata da coligação Construindo o Poder Popular: Goiás para os Trabalhadores, Marta Jane (PCB), 57 segundos. A propaganda iniciará no próximo dia 19 e seguirá até o dia 2 de outubro.
 
Crescimento
Vanderlan acredita que, apesar de ter o quarto menor tempo, conseguirá crescer nas pesquisas, por meio de muito trabalho, como com as curriatas, em que ele, em cima de um carro de som, percorre as ruas das cidades conversando com a população. Ele conta que só quinta-feira usou essa modalidade de campanha em cinco municípios, sem atrapalhar o trânsito e sem trazer transtornos, com poucos carros; apenas a equipe de trabalho, para apresentar o plano de metas.

Para Vanderlan, as pessoas estão acessando seu plano de metas pela internet porque elas querem conhecer suas propostas. O socialista acredita que o eleitor quer muito mais do que o debate da polarização. “Ele quer saber das propostas e não quem quebrou a Celg, o BEG ou quem vendeu Cachoeira Dourada. O eleitor quer a solução dos seus problemas. Isso nós estamos apresentando”, afirmou.

O socialista assegura que, por onde passa, é muito bem recebido, ao contrário do que dizem alguns especialistas, de que a população estaria avessa aos políticos. “Eu ando de cabeça erguida. Por onde passei, mostrei que temos condições de governar”, conta.

Vanderlan garante que está preparado para governar Goiás, pois está há muito tempo trabalhando e levantando a realidade do Estado, o que culminou num diagnóstico e na apresentação de propostas conforme as necessidades da população.

Ele conta que o diferencial nestas eleições, em relação a 2010, foi a pré-campanha, pois, à época, o socialista foi escolhido o postulante já nas convenções, em junho, o que não possibilitou a realização da pré-campanha.

Para o governadoriável, o fato de ainda não ser conhecido de toda a população é positivo, porque os dois candidatos que lideram as pesquisa possuem um grau de conhecimento elevado, no entanto, não conseguem alavancar nas pesquisas.

Já seu nome tem crescido, conforme avalia, com base em pesquisas internas. Vanderlan acusa que o poder econômico teria barrado a divulgação de uma pesquisa Grupom, que demonstraria um cenário mais condizente com a realidade. “Temos informações de que houve pressão para que a pesquisa não fosse divulgada. Mas não vou dizer quem é, para não comprometer ninguém”, declara. Ele desconfia das pesquisas divulgadas até agora, que têm demonstrado números muito díspares entre um instituto e outro.

Vanderlan disse ainda que, caso não seja eleito governador, não voltará a disputar as eleições para a Prefeitura de Senador Canedo em 2016, ao justificar que já deu sua contribuição para o município, entretanto, o socialista, otimista, afirma que não trabalha com a hipótese de não vencer as eleições.

Por Charles Daniel – Publicado no Jornal O Hoje

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