Eleições 2014: Vanderlan pretende readquirir ações da Celg

Candidato do PSB foi o primeiro a participar de sabatina promovida pela Fieg, seguido de Iris. Dia 19 serão Gomide e Marconi


O candidato a governador da coligação Participação Popular, Vanderlan Cardoso (PSB), afirmou que reaverá 51% das ações da Companhia Energética de Goiás (Celg), que atualmente pertencem à Eletrobrás, durante sabatina na Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) na manhã de ontem.

Ele propôs investimentos na parte do Estado, 49% das ações, com o pagamento das dívidas que chegam a R$ 6 bilhões e com a construção de linhas de transmissão.

A concessão da Celg para a exploração do serviço elétrico vence dia 15 de julho do próximo ano, mas, o que se espera é que o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prorroguem a concessão por mais 30 anos, o que elevará o valor da empresa no mercado de ações. Com isso, Vanderlan propõe readquirir as ações que foram negociadas com o governo federal, para que Goiás volte a ser o detentor da empresa. Outra proposta do candidato é a fabricação de equipamentos que visem à produção de energia.

Segundo o socialista, o problema começou quando a hidrelétrica Cachoeira Dourada foi vendida, em 1997, durante o governo de Maguito Vilela (PMDB). Vanderlan também critica a gestão da companhia ao longo dos anos, quando a empresa foi utilizada para patrocinar eventos das prefeituras do interior.
 
Propostas
Na ocasião, ele propôs a integração das penitenciárias com os pólos de produção, para que os presos trabalhem e contribuam com a produção goiana, o que também ajudará na ressocialização do presidiário e na progressão da pena.

Na área de segurança pública, o socialista afirmou que priorizará a inteligência, a tecnologia e a integração das polícias. Para ele, aumentar o efetivo de policiais não resolverá o problema da segurança pública. O postulante também propôs interiorizar a atuação da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam) e do Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer) e retornar 1,6 mil policiais às funções de origem.

Vanderlan garantiu que, caso seja eleito, terá uma equipe enxuta de comissionados, entre 7 e 8 mil servidores e que utilizará critério técnico para a contratação. Segundo ele, a coligação com apenas três partidos foi proposital. O postulante argumenta que candidatos de grandes coligações não conseguem fazer contratações acertadas.

Vanderlan criticou a malha asfáltica utilizada nesta gestão. Ele propõe um produto de melhor qualidade, desde a base até a superfície do asfalto, prolongando assim sua vida útil.

O candidato também propôs levar o desenvolvimento às regiões menos favorecidas, como o Entorno do Distrito Federal e as regiões Oeste, Norte e Nordeste do Estado. Na área de ciência e tecnologia, Vanderlan propôs destinar 1% para o setor.

O governadoriável pretende investir em cursos profissionalizantes, conforme a demanda de cada região, aumentando a carga horária e atribuindo qualidade. Ele também prometeu a desoneração dos impostos sobre a importação de equipamentos.
 
Iris destaca o tema dos empresários
Acompanhado do deputado federal Sandro Mabel (PMDB) e Barbosa Neto, que coordenam a campanha do peemedebista Iris Rezende a governador, o ex-governador foi sabatinado por empresários em evento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) na manhã de ontem. Iris se mostrou interessado em ser um parceiro do setor empresarial. “Vou levando daqui elementos importantes. Vamos aperfeiçoar ainda mais as ações do governo, se eleito, na área da industrialização de Goiás”, disse Iris.

Interessado no apoio dos empresários, Iris enfatizou aquilo que mais preocupa o setor: melhorias na educação. “Quero contribuir com o fórum empresarial começando pelos investimentos na educação dos nossos jovens.” Para o candidato peemedebista, dar oportunidade de ensino de qualidade para que os jovens estejam preparados para o mercado de trabalho é fundamental.

Sem enfocar propostas específicas para a educação, Iris disse que o “ponto de partida” para o desenvolvimento do setor industrial em Goiás se dará pela educação. “Vamos recuperar a UEG (Universidade Estadual de Goiás) e fazer com que a instituição se consolide”, afirmou o peemedebista. O ex-governador declarou que tornará a instituição de ensino superior estadual referência nacional.

Para agradar os empresários, o candidato prometeu ampliar incentivos tributários que ajudem as empresas a crescer. “Buscarei todas as formas de promover o progresso deste segmento.” Iris se colocou como um gestor público que sempre se preocupou com o setor empresarial e que não será diferente se for eleito governador. “Vamos atrair novos investidores”, afirmou o peemedebista. Esse incentivo virá com ampliação da infraestrutura do Estado, defendeu Iris.

Iris disse acreditar que é necessário buscar recursos tecnológicos para que o Estado consiga acompanhar o ritmo de crescimento populacional. “O desenvolvimento tem pressa”, afirmou.

Sobre a violência, que tem preocupado empresários goianos, o peemedebista lembrou sua proposta de qualificar os policiais e dobrar o efetivo existente nas polícias. Iris voltou a criticar o governo estadual. “Toda a estrutura que está aí foi aquela que nós deixamos aí há mais de 20 anos. Daqui a pouco já vamos sentir o reflexo com as indústrias que deixam o Estado.”

No próximo dia 19 já está marcada a participação do ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide (PT) às 9h e o governador Marconi Perillo (PSDB) às 10h. No mesmo local de ontem, sede da Fieg.

Por Augusto Diniz – Publicado no Jornal O Hoje

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