Prefeito de Anápolis renunciará ao mandato na próxima semana para estar apto a disputar Palácio das Esmeraldas

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O Partido dos Trabalhadores quebrou a aliança política estabelecida com o PMDB, em 2008, e homologou a pré-candidatura do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, a governador de Goiás, em encontro dos delegados do partido, realizado na Câmara de Vereadores de Goiânia.

A aliança havia sido firmada quando da eleição municipal de 2008, quando o então prefeito de Goiânia, Iris Rezende, procurou o PT para uma composição que deveria perdurar, pelo menos até o pleito deste ano. Com muita resistência dos petistas, o acordo prosperou, mas por apenas um voto de diferença, e assim Paulo Garcia foi alçado à condição de vice na chapa encabeçada pelo líder peemedebista.

A vitória nas urnas se deu ainda no primeiro turno. Um ano e três meses depois, Iris renunciou ao mandato para disputar o governo de Goiás. Paulo foi então alçado à condição de prefeito da capital. Foi reeleito em 2012, com o apoio do PMDB, que agora cobrava reciprocidade do aliado.

Os dois partidos estarão com seus próprios candidatos no pleito de outubro: Gomide, de um lado, e possivelmente o empresário José Batista Júnior, o Júnior do Friboi, de outro, caso Iris decida se manter equidistante do processo eleitoral. No entanto, com o PMDB dividido, ele vem sendo estimulado pelo grupo a entrar na disputa, tirando a vaga de Friboi.

Dos 350 delegados com direito a voto, 328 votaram por unanimidade pela pré-candidatura de Gomide. Com a oficialização de seu nome, ele renunciará ao mandato em ato previsto para o dia 5 de abril, com a presença do presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e de outras lideranças nacionais do partido.

Ex-vereador de Anápolis, Gomide entra para o xadrez da sucessão no Estado com a experiência de dois mandatos de prefeito. Foi eleito em 2008 com 75,63% dos votos, porcentual que subiu para 88,93% quatro anos depois quando se reelegeu para mais um mandato, que agora renuncia faltando ainda dois anos e nove meses para o seu final.

“Saio de cabeça erguida daquela cidade, para agradecer ao povo os 92% de aprovação da minha administração, e que quero fazer o que fiz lá no governo do Estado. Não tenho dúvida disso. Vamos ganhar as eleições aqui em Goiás”, sustentou.

“As pesquisas mostram que o povo goiano quer mudanças no governo, mudança de nomes, de gestão e de modelo político”, disse em discurso após ser proclamado pré-candidato, para em seguida reconhecer que o processo sucessório não será fácil.

“Sabemos que teremos um adversário duro, que está há 16 anos no governo, usa muito a máquina administrativa e tem em volta vários partidos que estão na administração como forma de segurá-los”.

O Hoje