Eleições 2014: Pré-candidatos em busca de alianças

Grupo de Friboi já contabiliza apoio de legendas como o Pros, PRTB, PTN e PPL. E pretende fechar com o PCdoB


Com a desistência de Iris Rezende e a confirmação da pré-candidatura do empresário José Batista Júnior, o Júnior Friboi, a governador pelo PMDB, o partidos de oposição ao Palácio das Esmeraldas intensificam as conversações em busca de alianças, a pouco mais de um mês para o início do prazo de realização das convenções partidárias.

Os peemedebistas ligados a Friboi pré-agendaram uma reunião para o dia 12, para discutir a composição da chapa majoritária. “Precisamos definir com urgência os candidatos a governador e senador”, defende o deputado Francisco Gedda, presidente estadual do PTN.

O grupo friboizista já contabiliza o apoio de legendas como o Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB); Partido Traba¬lhis¬ta Nacional (PTN), Partido Pátria Livre (PPL). E devem fechar com o Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Com exceção da deputada federal Iris de Araújo, os apoiadores da pré-candidatura do empresário contam com o engajamento de Pedro Chaves e Leandro Vilela, e aguardam declaração pública de Sandro Mabel. Dos deputados estaduais, estão alinhados com Friboi Luiz Carlos do Carmo, Paulo Cezar Martins, Daniel Vilela e Wagner Guimarães. O trabalho agora é buscar o apoio de Nélio Fortunato, Bruno Peixoto e Samuel Belchior, que defendiam a postulação de Iris.

O receio dos friboizitas é que os iristas cruzem os braços durante a campanha eleitoral, já que a queda de braço entre os dois grupos acirrou os ânimos de ambos os lados. Defensor da postulação do ex-prefeito, o presidente do diretório metropolitano, vereador Mizair Lemes Júnior, diz não vislumbrar disposição de empenho na campanha do empresário.

O movimento de resistência tem sido alimentado por Iris de Araújo, que tem postado recados irônicos pelas redes sociais contra Friboi. O baixo desempenho dele nas pesquisas eleitorais é um dos pontos questionados pela parlamentar, e prevê o retorno de Iris na convenção de junho.

A decisão de se lançar como pré-candidato foi tomada por Iris justamente por se destacar em todos os levantamentos de intenção de voto, na maioria deles ficando a poucos pontos percentuais do governador Marconi Perillo (PSDB). Pesou muito mais que outro argumento por ele usado, de que o seu nome aglutinaria o Partido dos Trabalhadores de Antônio Gomide. Essa sinalização teria dada, segundo ele, por um grupo de petistas, mas sem revelar nomes. Sabe-se apenas que essa corrente teria o aval do prefeito de Goiânia, o petista Paulo Garcia, que tem Iris como conselheiro.

Mas quando Iris se colocou na disputa interna em seu partido, Gomide já havia dado a largada, sem dar sinais de qualquer possibilidade de recuo. Hoje, o petista tem seu nome consolidado no partido, que agora corre atrás de alianças.

É exatamente no momento em que o PMDB se digladia entre duas forças que o PT tenta buscar apoio ao seu pré-candidato Antônio entre os partidos da base da presidente Dilma Rousseff. A questão é que há um processo de pulverização dessas legendas, e parte deles é da base de sustentação de Marconi. É o caso do PTB, PR, PRB, PSD, PP, PMN e PT do B. Parte do Democratas é da base do governador, cujo grupo é liderado pelo deputado estadual Helio de Sousa.

Pelo menos numericamente, o tucano leva vantagem quando o assunto é partidos aliados. A princípio, não há nenhum risco de debandada dessas legendas rumo a outros pré-candidatos, mesmo com a disputa acirrada por espaço entre o vice-governador José Eliton, que preside o PP, e o deputado federal Vilmar Rocha, líder do PSD.

Os dois têm a confiança de Marconi. Eliton tem vaga certa, novamente, como vice do tucano, mas também pode ser a carta na manga do Palácio das Esmeraldas, caso Marconi decida por não buscar a reeleição. Já Vilmar caminha para se consolidar como candidato ao Senado. Enquanto isso, o PTB de Jovair Arantes também se movimenta para ser contemplado na chapa majoritária, mas com poucas possibilidades de que isso aconteça com o governador no páreo.

Publicado no Jornal O Hoje

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