Partido de Iris Rezende já vê com bons olhos a candidatura de Antônio Gomide (PT) ao governo porque ele carregaria na campanha o fardo da gestão conturbada de Paulo Garcia, seu colega de partido, à frente da prefeitura de Goiânia

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À primeira vista, a candidatura de Antônio Gomide (PT) ao governo do Estado é uma barreira para o PMDB e incomoda Iris Rezende. Um grupo crescente de peemedebistas, porém, veem o projeto petista como elemento fundamental para o desempenho de Iris no enfrentamento contra o governador Marconi Perillo (PSDB).

A primeira razão é que Gomide ajudará na divisão do desgaste da gestão de Paulo Garcia (PT) à frente da prefeitura de Goiânia. A administração petista na Capital vive uma crise grave desde o ano passado e está afundada em dívidas e enfrentando greves de mais de três categorias de funcionários.

Iris Rezende é o padrinho político de Paulo e atuou de forma ostensiva na campanha do petista, em 2012. No entanto, assim que a crise na prefeitura começou e até hoje, Iris nunca apareceu na imprensa para defender o prefeito de Goiânia. Integrantes da base aliada governista dizem nos bastidores que a gestão de Paulo Garcia já teria custado 10 pontos percentuais a Iris, de acordo com pesquisas internas.

O segundo fator analisado pelos peemedebistas está relacionado a Anápolis, cidade que era comandada por Gomide. Sem o ex-prefeito na disputa pelo governo, a maioria dos votos migraria para Marconi. Iris nunca teve base forte em Anápolis e no segundo turno de 2010, Marconi obteve 70% dos votos na cidade contra o cacique peemedebista.

O fato é que Paulo Garcia se tornou um fardo que nenhum candidato da oposição deseja carregar ou assumir. O prefeito tem aprovação baixa entre os goianienses e nem mesmo Iris se arrisca a defender o petista. Com a vitória no primeiro turno em 2012, Paulo Garcia chegou a ser cotado para disputar o governo do Estado. Hoje, nem mesmo aliados não querem saber do prefeito.

Goiás 247