Eleições 2014: PMDB deve apoiar Dilma

Palanque do partido pela reeleição da presidente, no entanto, ainda dependerá de uma negociação futura


Os delegados do PMDB goiano decidiram votar individualmente na convenção nacional do partido que decidirá se a legenda vai apoiar, ou não, a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo o presidente estadual, Samuel Belchior, a maioria decidiu pela manutenção. “Em deferência ao nosso vice-presidente, Michel Temer, vamos apoiar a aliança”, explicou.

O palanque goiano, por outro lado, não está garantido à petista. Na negociação entre os diretórios está prevista uma possibilidade de mudança posterior. A instabilidade, classificada como “liberdade regional” por Samuel, foi justificada pela pré-candidatura do ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide (PT).

No caso de uma aliança para o primeiro turno não ser fechada com o PT até o início da campanha eleitoral, o partido poderá apoiar Eduardo Campos (PSB) em Goiás.

Os goianos têm direito a 35 votos de um total de 512. Número que pode ser decisivo. Em um mapeamento prévio na legenda, os defensores da reeleição da presidente tinham apenas 40 votos de vantagem.

Para garantir a dobradinha de 2010, o presidente nacional da legenda, senador Valdir Raupp, intensificou as articulações. Junto com Temer, ele estará amanhã em Goiânia para a oficialização da pré-candidatura de Iris Rezende (PMDB) ao governo do Estado.

Para o presidente do partido, deputado Samuel Belchior (PMDB), o momento é de concentração na cabeça de chapa do PMDB. “As alianças e definição sobre apoio nacional é para um segundo momento”, afirmou.
 
Unidade regional
A preocupação com a unidade não se restringe ao diretório nacional. Em busca da coesão para a disputa eleitoral, o ex-governador Iris Rezende participou, ontem, de uma reunião com os sete deputados peemedebistas das bancadas estadual e federal. O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB) – que defendia a postulação do empresário Júnior Friboi (PMDB) –, também compareceu. Eles chegaram a um acordo pela pré-candidatura de Iris ao governo de Goiás.

Quem destoou da unanimidade do encontro foi o pré-candidato a deputado federal Marcelo Melo (PMDB). Apesar de não ter participado da conversa, “por incompatibilidade de agenda”, o peemedebista acredita que o clima no partido ainda é “tenso”. Segundo ele, o tempo até o início da campanha eleitoral é muito curto para que as dificuldades sejam superadas.

Marcelo também não irá ao encontro da legenda amanhã, apesar de estar em Goiânia no dia. “Não poderei ir, mas não é nenhuma ação orquestrada. Não conversei sobre o assunto com outros pré-candidatos e deputados que apoiavam o Júnior. Será uma decisão individual”, ressaltou.

Por Lênia Soares – Publicado no Jornal O Hoje

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