Eleições 2014: Marconi quer debater Celg e segurança

As duas questões foram eleitas pelos candidatos de oposição para tentar desgastar o tucano, que disputa a reeleição ao governo


Em texto distribuído pela coordenação de comunicação, o candidato à reeleição Marconi Perillo (PSDB) afirmou ontem que debaterá com os candidatos adversários os dois principais temas levantados por eles: a crise financeira da Celg e a segurança pública.

As duas questões foram eleitas pela oposição como as principais pautas utilizadas para tentar desgastar o candidato situacionista. Iris Rezende (PMDB), Antônio Gomide (PT) e Vanderlan Cardoso (PSB) não economizam críticas a esses pontos fracos do governo tucano.
 
Ações
Ao dizer que não fugirá ao debate durante a campanha eleitoral, Marconi se diz “amparado pela legitimidade de um gestor que tem profundo conhecimento de ambos os assuntos, que empreendeu ações efetivas para resolvê-los, e que tem conseguido cumprir com rigor, em todas as suas gestões, as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).”

O governador garante que buscou incessantemente manter o equilíbrio financeiro da Celg desde seu primeiro mandato (1999-2002). Lembra que durante reunião com a presidente Dilma Rouseff (PT) e com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na quarta-feira (23), obteve anuência de ambos quanto à origem da crise financeira da Celg. Segundo Marconi, foi a presidente quem iniciou a discussão sobre o tema, ao questioná-lo quem foi o responsável pela venda de Cachoeira Dourada.

“Eu não quis nem responder. Coube ao ministro de Minas e Energia dar a resposta. E, ao final, ela disse: ‘O problema da Celg não são os seus funcionários. A Celg é uma das melhores distribuidoras de energia do Brasil’”.

O diálogo, segundo Marconi, continuou: “Eu disse a eles que foi vendida uma usina que gerava 700megawatts diariamente”.

O governador acrescenta: “Não adianta quererem jogar a culpa em mim. Fiz o que pude em meus governos para resolver os problemas herdados de uma empresa que ficou com todas as dívidas. Cachoeira Dourada não ficou com nenhuma dívida, porque todas elas vieram para o Estado, e ficamos sem nenhum tostão para investirmos na Celg”.
 
Segurança
Em resposta às críticas relativas ao setor de segurança pública, Marconi voltou a afirmar que o problema é nacional, e a propor intervenções para solucioná-lo. São elas, de acordo com o tucano: a mudança na legislação penal, na Constituição Federal – para que o governo federal seja obri¬gado a enviar recursos para os Estados aplicarem em segurança pública; e que o governo federal coloque as Forças Armadas nas fronteiras para impedir a entrada de armas e de drogas no Brasil.

“O governo federal tem, por exemplo, dinheiro para gastar com presídios, mas não o faz. Os presídios precisam ser federalizados. Não adianta candidato falar que vai resolver o problema da segurança da noite para o dia. São questões como essas que precisam ser repensadas”, disse. (Com Assessoria de Imprensa)
 
Candidato quer divisão do Estado
Uma das propostas do candidato a governador Alexandre Magalhães (PSDC) é a criação do Estado do Planalto Central, que seria responsável pela administração dos municípios do entorno e pelas cidades satélites do Distrito Federal. Apesar da proposta ousada, que depende da aprovação do Congresso Nacional, Alexandre acredita na possibilidade de implantação do novo Estado.

Ele argumenta que o entorno não tem paternidade, mas, durante o período eleitoral, os candidatos disputam o voto dos eleitores da região. “Vamos tentar criar o governo das 26 cidades do entorno e das 12 cidades satélites. Não teria nenhum custo a mais”, acredita.

O candidato propôs ainda, na manhã desta sexta-feira, que manterá as Organizações Sociais na gestão das unidades hospitalares, caso seja eleito, mas dará mais clareza à prestação de contas.

Alexandre defendeu também a criação da atenção primária de saúde, a construção de mais leitos e de pequenos hospitais, com cerca de 50 leitos cada, para desafogar as grandes unidades. O postulante ainda promete a valorização salarial dos servidores da saúde, a construção de hospitais referência em traumas, acidente vascular cerebral (AVC), infarto e um centro de oncologia e outro de diagnóstico.

O governadoriável explica que, durante a pré-campanha, procurou todos os candidatos a governador do Estado, entre eles o governador Marconi Perillo (PSDB), mas seu partido teria chegado à conclusão de que as propostas do seu grupo partidário são melhores que das demais coligações.

O postulante também afirma que vai priorizar a geração de energia no Estado, com a resolução do problema da Celg, e que sua gestão será empresarial, com o corte dos gastos desnecessários. “Não vamos encher o governo de gente para agradar deputado”, declarou.

Por Charles Daniel – Publicado no Jornal O Hoje

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