Eleições 2014: Marconi foca investimentos em Anápolis

Ferrovia Norte-Sul deve entrar em operação na cidade ainda este mês


Através de publicação no Diário Oficial da União e em jornais de grande circulação na última segunda-feira, dia 12, a Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A comunicou o oferecimento ao mercado da capacidade de transporte do trecho de 855 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul que vai de Porto Nacional, no estado do Tocantins, até Anápolis, com início de operação ainda neste mês.

De acordo com o Secretário de Indústria e Comércio, William Leyser O’Dwyer, que esteve nesta quinta, dia 15, em Anápolis, vistoriando as obras do Centro de Convenções do município, a notícia chega num momento extraordinário, tanto para a cidade quanto para o Estado. “Esperamos 27 anos para ter essa notícia da Ferrovia Norte-Sul em funcionamento. A Norte-Sul, o Centro de Convenções, o Aeroporto de Cargas, o Porto Seco, a Plataforma Multimodal, as políticas governamentais de incentivo à industrialização e tudo mais que está acontecendo em Anápolis são instrumentos que vão revolucionar o perfil desta nossa região”, ressaltou.

Para o segmento empresarial anapolino, a notícia soou como uma grata surpresa, confirmando o momento de expansão e mudança pelo qual passa o município goiano, conforme avalia Luiz Medeiros, presidente da Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia). “Fomos até pegos de surpresa, sabemos que a ferrovia está pronta e, para a nossa felicidade, essa vontade da presidente  Dilma vir inaugurá-la aqui, no próximo dia 22. Essa obra é importantíssima para nós, é um novo ponto de escoamento, sobretudo para as exportações de minérios e grãos. A Norte-Sul, integrada a todos os modais que estão sendo construídos em Anápolis, é mais um marco no nosso desenvolvimento”, ressalta.

O modelo de uso da ferrovia adotado pelo governo federal, denominado open acess, é baseado em sistemas já utilizados e bem-sucedidos na Austrália e na União Europeia. Segundo informações da Valec, “ele promove a quebra do monopólio das atuais concessionárias e permite que todas as empresas que cumpram requisitos técnicos e operacionais, estabelecidos em lei, tenham acesso à infraestrutura ferroviária em condições objetivas, transparentes e não discriminatórias. Pelo modelo anterior, as cargas transportadas nas ferrovias eram comercializadas pelas próprias concessionárias que estabeleciam seus preços”.

Com a adoção do open acess, a expectativa do governo é de redução do custo do frete ferroviário e do aumento da participação desse modal na matriz de transporte brasileira. Com isso, projeta-se uma demanda crescente por serviços de transporte até a absorção total da capacidade da nova malha ferroviária. “Nós já temos grandes grupos estudando a demanda de cargas para esta ferrovia. É uma questão de tempo para que ela realmente cumpra o seu papel de favorecer a logística brasileira. Sem dúvida, este será o grande diferencial para as exportações goianas, que já se destacam no cenário nacional”, considera Medeiros.

No caso de Goiás, a oferta pública da capacidade de transporte da Ferrovia Norte-Sul permitirá o redirecionamento dos fluxos de carga, via Anápolis, para os portos das regiões Norte e Nordeste, aumentando a eficiência logística e, consequentemente, a competitividade do País no mercado internacional. Assim, a Ferrovia Norte-Sul se destaca como a melhor opção de escoamento de longa distância para as commodities agrícolas, minerais e produtos unitizados. O trecho goiano da ferrovia passa pelos municípios de Anápolis, Santa Isabel, Uruaçu, Campinorte e Porangatu.

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