Eleições 2014: Iris e Friboi continuam sem acordo

Depois do encontro com Temer, empresário esteve ontem com o ex-governador na tentativa de atraí-lo para chapa do PMDB


O PMDB goiano continua longe da unidade. Na manhã de ontem, o empresário e pré-candidato do partido, Júnior Friboi, buscou o ex-governador Iris Rezende (PMDB) para uma possível composição em sua chapa majoritária. O diálogo foi agendado de última hora e aconteceu no escritório político de Iris, na Avenida T-9. Como das outras vezes, ninguém testemunhou a conversa. O resultado também não trouxe novidades: não há ainda acordo sobre indicação do ex-governador para disputa pelo Senado, como sonha o empresário.

O encontro aconteceu dois dias depois de Júnior ter procurado o presidente nacional do PMDB, Michel Temer, para falar sobre o processo sucessório. Temer, antes de falar com ele, ligou para Iris, o que evidencia o respeito e a preocupação da direção nacional da legenda em agradar o ex-governador.

Junior Friboi chegou pela porta da frente no escritório de Iris “vendendo” otimismo. Sem qualquer discrição em relação à sua visita, que muitos esperavam que acontecesse de forma reservada, ele cumprimentou a todos, desde o estacionamento até a sala onde a audiência foi realizada.

Independente das pesquisas ou apoios eleitorais, Júnior evidenciou segurança quanto à perspectiva de vitória, em outubro. No escritório, estavam o deputado Lívio Luciano (PMDB) e outras lideranças partidárias. O presidente estadual da sigla, Samuel Belchior, chegou logo em seguida. Ninguém acompanhou a conversa.

A expectativa, propagada pela própria assessoria de imprensa do pré-candidato, era mesmo de viabilização já de uma unidade. O ex-deputado Marcelo Melo (PMDB), que é um dos coordenadores políticos de Júnior, também reafirmou sua crença na presença de Iris na chapa. Ninguém comentou o diálogo. Na saída, tanto Iris quanto Junior demonstraram tranquilidade. Na prática, porém, o que se viu foi firmeza em suas posições previamente apresentadas. Ninguém demonstrou convicção quanto a um acordo, o que intensifica o clima de insegurança entre os peemedebistas.

A conversa já era esperada pelos militantes do partido. Júnior tentou marcar anteriormente, mas as agendas ainda não haviam coincidido. De supetão, eles finalmente se encontraram. Dos dois lados do partido, em comum a vontade de mudança no cenário das eleições, até agora “desfavorável”, como avaliam os próprios militantes descrentes no voo solo do empresário.

Jornal O Hoje

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