Pré-candidato ao governo do Estado não teme que ‘arranhões’ na imagem do PT se reflitam na votação

---

Focado na movimentação pelo interior do Estado, Antônio Gomide, pré-candidato do PT ao governo de Goiás, deve reforçar, quando a campanha eleitoral começar pra valer, a imagem do gestor que conseguiu aprovação quase unânime como prefeito de Anápolis. A estratégia do partido é consolidar a imagem do administrador que conseguiu reverter a realidade do município e, com isso, superar qualquer índice de rejeição que o partido possa ter em Goiás e, sobretudo, na capital, onde há uma particularidade.

Embora não admita problemas de aceitação em Goiânia e se mostre otimista com o trabalho já projetado para a capital, o ex-prefeito de Anápolis estaria com problemas de crescimento nas pesquisas por ter sua imagem atrelada à do prefeito Paulo Garcia, do mesmo partido. Nos bastidores, aliados do anapolino consideram que a baixa aprovação de Paulo Garcia em Goiânia pode afetar a campanha do PT. Para alguns, as dificuldades administrativas na capital refletirão, inevitavelmente, nos índices de Gomide em Goiânia e região metropolitana.

Sem admitir que tal obstáculo exista, Gomide, o maior interessado no cenário da capital, acredita que o eleitor goianiense vai absorver a ideia de que o objetivo do partido é aplicar a gestão de sucesso de Anápolis ao Estado. “Não tem de associar. Estamos falando de uma eleição para governador. Só em 2016, ele (o eleitor) vai poder escolher prefeito e, aí, sim, mostrar o que acha da gestão na capital”, avalia o pré-candidato, que pretende levar para o palanque os projetos do governo federal com boa avaliação junto à população.

Medindo palavras para não causar mal-estar na legenda, Gomide reforça que quer associar sua imagem à da presidente Dilma Rousseff. “A palavra chave é planejamento, trabalhar com uma boa equipe e articulação política”, resume.

Da mesma maneira, o petista não vê percalços num trabalho conjunto com Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal, que também não estaria sendo bem avaliado em sua gestão. “Pelo contrário, a região do Entorno do Distrito Federal foi abandonada pelo PSDB. Hoje, são os hospitais do DF que dão assistência à população”, avalia.

Seja como for, a agenda de Gomide em pré-campanha não apresenta tantos compromissos da capital. Como faz questão de reforçar, o foco no interior não teria sido motivado pela possível crise do partido em Goiânia. “De forma alguma.

Acredito que o eleitor vai avaliar a melhor gestão, ele sabe diferenciar”, pontua. “Nossa intenção é provar que o que foi feito em Anápolis, que era uma cidade problema, pode ser aplicado ao Estado”, enfatiza. Sendo assim, problemas observados em Goiânia não chegariam a representar ameaça.

Por Flávia Guerra – Jornal O Hoje