Eleições 2014: Gomide quer manter programas do PSDB

Ex-prefeito de Anápolis e candidato ao governo pelo PT diz que, se for eleito, manterá, por exemplo, as Organizações Sociais na gestão dos hospitais


O candidato a governador pelo PT, Antônio Gomide, prometeu que, caso seja eleito, manterá as iniciativas e os programas que deram certo no atual governo, como as Organizações Sociais (OS) na gestão das unidades hospitalares. “O que está dando certo vamos continuar. Nossa preocupação não é se é OS. É com a qualidade da saúde”, diz, apesar de reconhecer o modelo de OS como iniciativa do PSDB.

Em Anápolis, onde administrou entre 2008 e 2014, o petista disse que transformou a área da saúde a partir da valorização do Sistema Único de Saúde (SUS). Já no Estado, considera que os hospitais foram à falência porque os investimentos para a área não tiveram prioridade, levando ao sucateamento da Saúde. “Vamos fortalecer o SUS. Onde há OS, vamos fazer com que cumpram o contrato com o Estado e que atendam com qualidade”, afirmou.

Segundo o candidato, 85% dos atendimentos nas unidades de saúde poderão ser resolvidos pelo Programa Saúde da Família (PSF). Por isso, informa que investirá em atendimentos de média e baixa complexidade nas cidades do interior, para acabar com a centralização da saúde em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis.

Na área da Segurança Pública, prometeu o aumento do efetivo dos policiais militares, melhores condições de trabalho nas delegacias, redução da desigualdade social e educação para a prevenção da criminalidade. “Uma mão para valorizar o servidor e outra para fazer com que os programas sociais cumpram seu papel de inclusão social, bem como esporte, cultura e, principalmente, valorização da educação”, esclarece.

Gomide afirmou que a máquina administrativa é utilizada para fazer negócios e que haveria a “venda de secretarias”. E deixou claro que não compactua com esse tipo de atitude na gestão do Estado. O petista disse que Goiás precisa de uma administração planejada e de mudança de comportamento na gestão.

Gomide reclamou também que o governo gasta milhões em propaganda, enquanto a realidade da população é diferente do propagado. “Faremos ações concretas não apenas no último ano eleitoral. Nos quatro anos, o plano de governo será cumprido em todas as regiões. Vamos fazer com que a vocação de cada região seja restabelecida”, argumentou.

Gomide prometeu ainda a criação de condições melhores para a educação, como escolas de tempo integral e investimento em infraestrutura no interior. Ele disse que nos últimos 16 anos não foram construídas escolas de ensino médio e que faltam laboratórios à Universidade Estadual de Goiás (UEG).

“O desenvolvimento social passa por uma boa educação”, acredita. O governadoriável informou que seu principal investimento será em educação, que terá como aliados o esporte e a cultura.
 
Celg
O candidato petista aposta em parcerias com a presidente Dilma Rousseff (PT) para governar o Estado, bem como a potencialização da vocação produtiva de Goiás, como a agricultura e a pecuária, a partir da utilização da Ferrovia Norte-Sul. “Tendo a oportunidade de ser governador, a Ferrovia Norte-Sul fará o diferencial nos próximos dez anos”, assegura.

De acordo com Gomide, o problema da Companhia Energética de Goiás (Celg) é mais sério do que se tem divulgado. “Ficaram 16 anos criticando o outro partido, dizendo que venderam a Cachoeira Dourada e, agora, venderam a Celg”, reclamou. Para ele, trata-se de um exemplo de falta de compromisso com a população e de falta de gestão. “Se Marconi não deu conta de fazer, nós vamos dar transparência ao dinheiro que a Eletrobrás está investindo e faremos com que o serviço melhore”, garantiu.

Por Charles Daniel – Publicado no Jornal O Hoje

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