Petista apontou Goiânia, Anápolis, Aparecida e Entorno do DF como regiões estratégicas para a campanha ao governo do Estado

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Pré-candidato com tempo integral ao governo do Estado, o ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide (PT) definiu sua estratégia eleitoral. Em entrevista exclusiva a O HOJE, o petista ressaltou que as “zonas de ataque” do partido serão Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia e o Entorno do Distrito Federal. “São regiões importantes. Cidades onde o governador Marconi Perillo (PSDB) está enfraquecido e nós verificamos um crescimento nos últimos dois meses”, afirmou.

Para Gomide, uma das principais vantagens de seu nome é o desconhecimento. “O índice de 70% de eleitores que não me conhecem nos dá uma boa margem de crescimento. Vamos investir nisso. Nosso recurso é a credibilidade conquistada pela gestão que fizemos em Anápolis. O que faremos, agora, é levar ao conhecimento de todos a administração que tem mais de 90% de aprovação”, ressaltou, em referência a recente pesquisa Grupom.

O ex-prefeito não antecipou negociações partidárias, mas deixou claro que as conversas estão em andamento e sua postulação pode refletir nas alianças da base governista. “As peças do tabuleiro eleitoral estavam postas. Minha renúncia mexeu em todas elas. Acredito que a nossa chapa só dependerá do nosso avanço nas pesquisas. Na medida em que nos destacarmos, teremos muitos partidos interessados na composição. Inclusive partidos que hoje estão com o governador”, acrescentou.

Sobre a possibilidade de uma chapa pura, o petista descartou. Mas aventou o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira como uma boa opção do partido para o Senado. “Vamos deixar em aberto. O momento para se definir isso é em junho. Não podemos cogitar ninguém para não fecharmos as portas para as outras siglas.”

Para auxiliar neste processo pré-eleitoral, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, está articulando um grande encontro com o ex-presidente Lula e com a presidente Dilma Rousseff. “Eles serão excelentes cabos eleitorais em Goiás. Vamos investir nisso e aguardar as definições”, afirmou o ex-prefeito.

Sobre o desgaste de Dilma nos últimos meses, Gomide disse não se preocupar. “É um processo natural. Ela é candidata e mesmo com as quedas seria eleita, hoje, no primeiro turno, como apontam as pesquisas. E temos ainda o Lula, que será um grande reforço. Ele tem liberdade para auxiliar na campanha, está fora do governo e saiu da Presidência muito bem avaliado.”

Funcionários
Outro foco de Antônio Gomide para o processo sucessório é o funcionalismo público. Segundo o pré-candidato, esta categoria pode beneficiar muito sua postulação. “Este segmento foi decisivo na eleição de Marconi Perillo. Não acredito que o tucano ainda tenha respaldo entre eles (os servidores do Estado). O que existe é uma rejeição. Entre o nome do PT, que sempre respeitou o servidor, e de outros partidos, acredito que o voto deles migrem para nós. Temos uma história de valorização”, destacou o petista.

Gomide lembrou ainda que a população deseja um nome novo. Uma promessa de renovação. Em sua avaliação, seu perfil é o mais adequado para atender tal anseio. “Além de representar a novidade, eu tenho credibilidade. O Júnior Friboi, por exemplo, é um nome novo, mas que não tem experiência em administração pública. Isso nos dá uma vantagem.”

Por Lênia Soares – Jornal O Hoje