“Vamos trabalhar para que PT e PMDB saiam juntos logo no início, mas eles ainda não decidiram um nome”, disse o pré-candidato petista

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Às 18h05 de sexta-feira, Antônio Roberto Gomide (PT) renunciou ao cargo de prefeito de Anápolis. Seu último ato como chefe do Executivo foi a autorização para a construção de uma nova sede da Câmara da cidade. Decisão que pareceu acertada diante do tumulto provocado por militantes e eleitores, que lotaram o espaço para assistir à solenidade.

Sua primeira declaração como ex-prefeito e pré-candidato a governador de Goiás foi de defesa da aliança com o PMDB já no primeiro turno das eleições. “Vamos trabalhar para que o PT e o PMDB saiam juntos logo no início. Mas os peemedebistas ainda não decidiram seu candidato. Enquanto isso, vamos lutar para consolidar nossa postulação”, afirmou, logo após dizer que é necessário “força” para conseguir a vitória eleitoral.

Em seu discurso, Gomide deixou evidente a emoção. Engoliu seco e fez um longo balanço de seus cinco anos e três meses de mandato. “Peço paciência a todos, pois preciso lembrar os motivos que nos levaram ao índice de 91,4% de aprovação. Não foi uma conquista do acaso. Foi o resultado de muito esforço, equilíbrio e seriedade na gestão”, ressaltou o petista.

O petista lembrou o aumento de 151% no salário dos profissionais da Educação, a contratação de mais de 4 mil funcionários por concurso público, a pavimentação asfáltica de mais de 100 bairros do município e tantas outras conquistas, que renderam 40 minutos de discurso.

Sob a promessa de representar Anápolis no governo estadual, o ex-prefeito foi ovacionado pelo auditório, de onde um manifestante se destacou na multidão com o grito eufórico: “Obrigado, prefeito! Tá na hora de fazer pelo Estado”.

A ex-primeira dama Ana Claudia Dezzen foi quem puxou as palmas. Seu entusiasmo se estampava no sorriso largo sempre que alguém chamava Gomide de governador.

Sobre a interferência da pré-candidatura de Iris Rezende (PMDB) em seu projeto político, Antônio Gomide foi incisivo: “Não altera em nada. Sempre trabalhamos pela aliança, mas eles ainda não sabem quem será o candidato. Vamos tocar o barco. Seguir para a segunda fase deste processo.”

Por Lênia Soares – Jornal O Hoje