Eleições 2014: gastos estimados em R$ 2,2 bi

Em Goiás, 915 disputam mandatos nas eleições deste ano


A estimativa global de gastos na campanha eleitoral deste ano, em Goiás, é de R$ 2,254 bilhões, conforme dados divulgados ontem no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Novecentos e quinze candidatos estão habilitados a participar do pleito. São sete governadoriáveis com os respectivos candidatos a vice, sete na disputa ao Senado – e mais 14 suplentes – e ainda 152 na briga pelas 17 vagas à Câmara dos Deputados e 728 na disputa pelas 41 cadeiras na Assembleia Legislativa.

Os sete candidatos a governador declararam como limite de gastos R$ 121,4 milhões. Iris Rezende (PMDB), com R$ 35 milhões, terá a campanha mais cara; seguido pelo governador Marconi Perillo (PSDB) com R$ 26 milhões; Vanderlan Cardoso (PSB) com R$ 25 milhões; Antônio Gomide (PT) com R$ 20 milhões; Alexandre Magalhães (PSDC) com R$ 15 milhões. As duas campanhas com menos gastos são a de Marta Jane (PCB) e Wesley Garcia (Psol).

Nenhum dos vices declarou custo de campanha, enquanto que, no caso dos candidatos ao Senado, o deputado federal e presidente do Democratas Ronaldo Caiado e a petista Marina Sant’Anna estimam gastar, cada, R$ 15 milhões; Aguimar Jesuíno (PSB) declarou R$ 5 milhões, assim como Aldo Muro (PSDC); Antônio Vieira (PCB) e Elber Sampaio (Psol) declararam, cada, R$ 100 mil. Apenas Vilmar Rocha (PSD) não estimou custos de sua campanha. Os candidatos ao senado estimaram gastos totais de R$40, 2 milhões.

O teto máximo de eventuais gastos dos candidatos a deputado federal, registrado no TRE, gira em torno de R$ 8 milhões. Da lista dos que declararam esse valor estão nomes conhecidos do eleitor, como o ex-secretário de Gestão e Planejamento, Giusepp Vecci (PSDB); o ex-secretário da Indústria e Comércio, Alexandre Baldy (PSDB); o ex-secretário estadual de Saúde, Antônio Faleiros (PSDB); o ex-prefeito de Luziânia, Célio Silveira (PSDB); José Mário Schreiner (PSD), ex-presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg); Thiago Peixoto (PSD), ex-secretário estadual de Educação; Walter Paulo Santiago (PMN), da Faculdade Padrão.Ao todo, os candidatos à Câmara Federal declararam gastos de R$ 403, 2 milhões.

Também estão relacionados os deputados federais Flávia Morais (PDT), Euler Cruvinel (PSD), Jovair Arantes (PTB), Magda Mofatto (PP), Sandes Júnior (PP), Roberto Balestra (PP) e Valdivino de Oliveira |(PSDB).

Estaduais
A campanha em busca de uma vaga na Assembleia Legislativa tem como teto máximo declarado o valor de R$ 4 milhões, e da lista constam o ex-coordenador da União das Voluntárias de Goiás (OVG), Afrêni Gonçalves (PSDB), o atual deputado federal Carlos Lereia (PSDB), e os atuais deputados estaduais Cláudio Meirelles (PR), Álvaro Guimarães (PR), Walcenôr Braz (PTB), Túlio Isac (PSDB) e Nédio Leite (PSDB). Também estão na lista a ex-deputado Onaide Santillo (PSD), o vereador Virmondes Cruvinel (PSD) e o ex-vereador Santana Gomes (PSL). Os cerca de 780 candidatos a deputado estadual (há candidatuas a serem julgadas pelo TRE e que podem ser impugnadas) estimam gastar um total de R$ 1, 690 bilhão, com média de R$ 2,32 milhões por candidato.

Vanderlan declara maior patrimônio
Dos sete governadoriáveis, Vanderlan tem o maior patrimônio – R$ 30 milhões, valor informado ao TRE. O peemedebista Iris Rezende aparece com R$ 20,1 milhões; Magalhães tem R$ 9.246.180,00; Marconi declarou R$ 3.781.522,81; Gomide, R$ 785.957,55; Wesley informou ter R$ 130 mil; e Marta Jane, R$ 30 mil.

O deputado federal e presidente do Solidariedade, Armando Vergílio, vice de Iris, tem patrimônio de R$ 4,9 milhões; Alcides Ribeiro Filho, o Professor Alcides, do PSC, declarou ter R$ 4,6 milhões; José Eliton, vice de Marconi, informou ter R$ 2,6 milhões; o vereador Tayrone di Martino (PT), vice de Gomide, tem R$ 315 mil; e Cíntia Dias (Psol), que é vice de Wesley, contabiliza R$ 224 mi. Rodrigo Adorno (PSDC), vice de Alexandre Magalhães, e Felipe Rodrigo (PSTU), que compõe chapa com Marta Jane, nada declararam sobre seus respectivos patrimônios.

Dos senadoriáveis, Caiado sai à frente, com patrimônio de R$ 7,2 milhões; seguido de Aguimar Jesuíno com R$ 2,4 milhões; Vilmar Rocha com R$ 1,2 milhão; Aldo Muro com R$ 566 mil; Marina com R$ 369 mil; e Elber com 27 mil. Antônio Neto nada declarou.

Os sete primeiros suplentes a senador – que não são votados – têm patrimônios variados. O tucano e empresário Cyro Miranda, atual senador, declarou ter R$ 12,4 milhões, enquanto que Gercyley Batista (PRP) informou ter R$ 37,9 mil. O deputado estadual e empresário Luiz Carlos do Carmo disse ter R$ 7,8 milhões, Edson Bueno (PT) R$ 535 mil e Augustinho Rosa (Psol), R$ 185 mil. Marizete Pires (PSDC) e Urias Bezerra não declararam valores à Justiça Eleitoral.

Dois dos sete segundos suplentes não declararam ter patrimônio: Aécio Fernandes (Psol) e José Lincoln (PCB). Eládio Carneiro (PMDB) disse ter R$ 4,6 milhões; Sebastião Reis (PSB) R$ 640 mil; Fernando Magalhães R$ 461 mil; Antônio Bites (PT) R$ 80 mil; e Cybelle Tristão R$ 50 mil.

Por Venceslau Pimentel – Publicado no Jornal O Hoje

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