Encontro entre os dois não tem data para acontecer. Primeiro o empresário quer dialogar com outras lideranças

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O tão aguardado encontro entre Iris Rezende e Júnior Friboi pode acontecer a qualquer momento, mas não deve ser marcado com muita antecedência e, muito menos, ser anunciado para terceiros. A reunião, que pode definir os rumos do partido, estava inicialmente prevista para esta semana, mas tem grandes chances de não se concretizar até amanhã, data em que o PT deve oficializar o nome do prefeito de Anápolis, Antônio Gomide, ao governo do Estado. O clima de disputa entre os dois nomes do PMDB, acirrado com a divulgação de pesquisas e com a adoção de um discurso mais incisivo por parte do cacique da sigla, estaria postergando o cara a cara. “O ideal é esperar a poeira baixar um pouco”, informa um friboizista.

A mesma fonte, no entanto, revela que os diálogos entre Júnior e Iris nunca dependeram de agenda prévia. “O que estão anunciando que vai acontecer, já vem acontecendo há muito tempo”, diz. Ambos teriam ensaiado a conversa antes da viagem de Iris, na semana passada, mas contratempos comuns teriam impedido a comunicação e o retorno da conveersa. Agora, o clima estaria menos propenso ao encontro. “Tudo mudou na semana passada, com a divulgação dos números. Além disso, Iris tem até criticado a oficialização da candidatura de Júnior, em dezembro”, avalia um peemedebista. Por isso, a tendência é que um tempo seja dado até que os ânimos se acalmem.

O prazo maior para o encontro seria uma estratégia de Júnior Friboi para não forçar um contato em clima de disputa. Enquanto Iris se tornou mais acessível à imprensa, Friboi tem preferido o silêncio, justamente para não acirrar ainda mais os ânimos dentro do partido. Além disso, o empresário estaria disposto a ouvir lideranças da legenda, em Goiás e em âmbito nacional, para se inteirar do cenário e só depois, sentar com o líder-mor da sigla.

Desencontros
Fontes ligadas a Júnior Friboi contam que o empresário tentou um encontro com Iris na semana retrasada, mas o ex-governador precisou viajar para uma de suas propriedades rurais e desmarcou a reunião em cima da hora. Nova oportunidade só teria surgido depois da divulgação das pesquisas, que coincidiu com o retorno de Iris a Goiânia. Neste momento o clima dentro do PMDB já havia mudado completamente, sobretudo por parte da militância que defende a candidatura de Iris, e pelo próprio líder, que passou a não desconsiderar a possibilidade de ser o candidato da legenda.

Sobre a pressa por uma definição, sobretudo por parte do PT, Iris não demonstrou preocupação em adiantar qualquer decisão antes do encontro do partido aliado, marcado para amanhã. “No momento em que o PMDB lançou uma pré-candidatura sem ouvir o PT, o PT tem todo o direito de lançar seu pré-candidato”, afirmou. Para ele, esse “atropelamento” só está acontecendo porque o PT tem um pré-candidato que precisa renunciar ao cargo para se oficializar na disputa.

O Hoje