Nos últimos seis meses, pelo menos sete deputados goianos sofreram violências como assalto, furto ou roubo. O último foi o federal Roberto Balestra, que teve uma arma apontada em sua cabeça por um ladrão

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O crime, em Goiás, não perdoa. A sensação de insegurança – apontada por 57,9% da população goiana como o maior medo pessoal, segundo informações da pesquisa Grupom, divulgada no mês passado – tem atingido até mesmo os agentes da esfera pública, que deveriam atacar o problema com leis e ações para proteger a população.

Nos últimos seis meses, sete parlamentares foram vítimas de ações violentas no Estado.

O caso mais recente foi o do deputado federal Roberto Balestra (PP), que, durante uma visita a Petrolina de Goiás, no dia 29 de março, foi rendido em frente à casa do prefeito do município, Francisco Xavier (PTB), com uma arma apontada para sua cabeça. No ato, os criminosos levaram seu carro, carteira e celulares.

Há duas semanas, o deputado estadual Daniel Vilela (PMDB) também foi alvo dos bandidos. Seu carro foi levado pela segunda vez. A primeira foi no dia 23 de outubro, data do seu aniversário. O carro que seu pai, Maguito Vilela (PMDB), usava na Prefeitura de Aparecida de Goiânia, também foi furtado neste ano.

Ainda em março, o filho do deputado Túlio Isac (PSDB) foi assaltado. Túlio Isac Filho estava acompanhado pela mulher quando levaram sua camionete. “Precisamos mudar a lei. Digo e repito: bandido bom é bandido morto!”, afirmou o pai.

No ano passado, o peemedebista Luiz Carlos do Carmo sofreu uma abordagem violenta em que tentaram levar o seu veículo. Seu segurança reagiu e acabou alvejando o infrator, que morreu no local. Luiz Carlos é um grande crítico da Segurança Pública estadual. Em 2012, sua filha foi assassinada em frente a uma distribuidora de bebidas no Setor Bueno, em Goiânia.

Luís Cesar Bueno (PT), Karlos Cabral (PT), Nilo Resende (DEM) contribuem com a estatística. Os três também foram roubados nos últimos meses. De Luís Cesar levaram o computador e outros pertences pessoais. Seu filho foi igualmente vítima de assalto.

Apesar de polêmicos, os casos são simbólicos diante do cenário goiano. Segundo informações da Polícia Militar, nos três primeiros meses de 2014, quatro mil carros foram roubados ou furtados em Goiás.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública declarou não ter conhecimento específico sobre a situação dos deputados, mas ressaltou que o Estado tem se empenhado no saneamento do problema, que merece esforços de todas as esferas do poder público.

Publicado no Jornal O Hoje