Daniel Vilela tenta barrar a criação de universidades em Goiás

Deputados goianos denunciam que o parlamentar do PMDB tenta inviabilizar instalação de duas universidades federais no interior; conquista foi anunciada pelo governador Marconi Perillo na quarta-feira após audiência com a presidente Dilma Roussef


O anúncio de que a presidente Dilma Rousseff irá a Goiás, provavelmente dia 19 deste mês, para anunciar oficialmente a abertura de mais duas universidades federais no Estado (Jataí e Catalão) deixou a oposição ao governador Marconi Perillo em alerta e alguns integrantes do grupo já trabalham para tentar inviabilizar a conquista história para a educação goiana. Na solenidade em Goiás, Dilma assinará as mensagens que criam as universidades e que serão enviadas para aprovação no Congresso Nacional.

O principal agente orquestrador da manobra é o deputado federal Daniel Vilela (PMDB), que já teria começado a atuar no Congresso para boicotar Marconi, evitando assim que o tucano levasse para si os louros das universidades. Deputados estaduais e federais da base aliada denunciam que o filho de Maguito Vilela estaria articulando junto ao vice-presidente Michel Temer, que é seu aliado e presidente nacional do PMDB.

A conquista das duas universidades para o interior goiano foi anunciada na quarta-feira após audiência particular de Marconi com a presidente Dilma, em Brasília. Os dois tiraram fotos juntos e comemoraram a abertura dos dois centros educacionais. Em Goiânia, após o encontro com Dilma, Marconi afirmou ao lado do reitor da UFG, Orlando Amaral, que as novas universidades são resultados da política republicana e respeitosa que mantém com Dilma.

Não é a primeira vez que a oposição em Goiás conspira em Brasília para atrapalhar a captação de investimentos para o Estado. No governo passado, liderados por Iris Rezende, deputados federais de oposição (PT e PMDB) trabalharam fortemente para barrar empréstimos da União para o governo de Marconi Perillo. Voltando mais no tempo; na crise do Césio 137, no final da década de 1980, o então ministro do governo Sarney, Iris Rezende, também fez pouco caso da liberação de recursos para ajudar o Estado, que era governado por Henrique Santillo.

Ao seguir o mesmo caminho de Iris e outros caciques, Daniel Vilela acaba caindo em contradição. Na disputa que se desenrola agora pela sucessão do comando do PMBD goiano, o filho de Maguito tem sido crítico ferrenho das práticas antigas de Iris e defende um discurso de renovação total do partido.

Goiás 247

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