Suspeitas de fraude pairam sobre o certame

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A exemplo do que ocorreu com o concurso de praças da Polícia Militar de Goiás, o concurso de oficiais da PM também corre risco de ser suspenso pela Justiça goiana nos próximos dias. A interrupção pode ocorrer por conta de fraudes em relação à lista de aprovados e também em relação a correção das provas.

O cerne do problema se encontra na divulgação de duas listas de aprovados diferentes entre si no concurso. A primeira lista foi divulgada no dia 13 de fevereiro e contava com uma sequência de nomes que não constava na segunda lista, divulgada aproximadamente uma hora depois no site da Funrio, co-organizadora do concurso ao lado da Segplan. A primeira lista desapareceu do site da entidade, mas foi copiada por diversos participantes do concurso, enquanto esteve no ar.

Nomes que não apareciam como classificados na primeira lista apareceram na segunda, dentre eles o de um neto do ex-deputado estadual Abdul Sebba. Além do nome do neto do ex-deputado, nomes de candidatos que têm passagens na polícia por crimes também foram inseridas na segunda lista. Participantes acreditam que pode ter havido compra de vagas.

Além da modificação dos nomes, a nota da redação de alguns candidatos também vem sendo contestada por participantes do concurso nas redes sociais. Há casos de candidatos que escreveram apenas dois parágrafos em suas redações e receberam nota 14 da banca examinadora, nota máxima. A suspeita de muitos candidatos é que alguns nomes apadrinhados possam estar sendo beneficiados.
 
A aparição dos nomes e a aprovação de redações esdrúxulas têm gerado revolta nas redes sociais. Várias denúncias já foram encaminhadas ao Ministério Público de Goiás. A falta de transparência nos resultados e na lista de aprovados poderá cancelar o concurso idealizado pelo então secretário de Segurança Pública José Eliton (PSDB), que abandonou o cargo no final do ano passado.

Goiás Real