Compadrio: presos se dizem 'injustiçados'

Delação premiada pode fazer que aumente o número de investigados


Alguns dos nove presos na primeira fase da Operação Compadrio, deflagrada pelo Ministério Público Estadual, já disseram, em depoimento, que querem abrir a boca e delatar outros participantes no esquema de desvio de recursos públicos. Todos os contratos fraudulentos com empresas laranja apurados pelo MP definem obras superiores a R$ 1 milhão.

A informação foi confirmada pelo promotor Rafael Simonetti, que coordena as investigações, em entrevista à TV Anhanguera. “Nós recebemos propostas de alguns investigados que têm o interesse de realizar essa delação premiada, porque eles se sentiram injustiçados com a deflagração da operação”, explica.

Ou seja, os acusados até agora não querem cair sozinhos e pretendem arrastar outros articuladores do esquema ilegal em troca de redução da pena a ser proposta na denúncia do MP ao Judiciário.

“Nós vamos apurar e verificar se há interesse e a possibilidade da realização da delação para, aí então, viabilizar a sua formalização”, antecipou o promotor.

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