Servidores presos por golpes no 'Minha Casa, Minha Vida'

Crimes aconteceram na cidade de Quirinópolis. Duas pessoas foram presas


Dois servidores da Prefeitura de Quirinópolis, no sul de Goiás, foram presos na quarta-feira, 23, suspeitos de aplicar golpes em moradores da cidade. Segundo a Polícia Civil, eles cobravam dinheiro das vítimas alegando ela desta forma elas poderiam ser incluídas no programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal.

Segundo o delegado Tommaso Leonardi, responsável pelas investigações, 18 pessoas procuraram a delegacia para informar que foram enganadas por Welder Oliveira Silva, que atua na área de meio ambiente, e Mônica Aparecida Ranieri, da área de trânsito. As vítimas desembolsaram quantias entre R$ 800 e R$ 3,5 mil.

“Basicamente, eles chegavam nas pessoas oferecendo casas de programas habitacionais afirmando que facilitariam a doação dessas casas. Só que, na verdade, eles não tinham nenhum poder sobre os imóveis. Eles faziam mesmo era para conseguir o dinheiro de forma ilícita”, explicou Leonardi.

As residências que eles ofereciam na cidades já estão todas ocupadas. Após perceberem o golpe, os moradores passaram a procurar a prefeitura, que também informou o caso à polícia.

“Através das redes sociais eu fiquei sabendo que funcionários da prefeitura estavam oferecendo as casas do programa. Aí encaminhamos à delegacia para que fossem conduzidas as investigações”, disse o prefeito Odair Rezende.

Os dois servidores, que seguem presos na manhã desta quinta-feira, 24, foram suspensos das funções e podem ser exonerados, caso as suspeitas sejam confirmadas.

O advogado de Welder, Dimas Oliveira, disse que seu cliente nega todas as acusações e que nunca recebeu dinheiro para indicar nomes para o “Minha Casa, Minha Vida”. Ele apenas estava tentando ajudar as pessoas. Já a defesa de Mônica não foi localizada até a publicação desta reportagem para comentar o caso.

Prejuízo
A auxiliar administrativo Tatiene Aparecida de Sousa é uma das vítimas. Ela conta que repassou todas as economias conseguidas em dois anos aos suspeitos e agora ficou no prejuízo. “Como dois filhos eu moro com meus pais. É difícil, foram R$ 3,5 mil. Isso era todas as minhas economias, é muito complicado”, lamenta.

A Polícia Civil alerta que, para ser incluído no programa social, é preciso ir até a prefeitura e se cadastrar. Depois, o interessado deve seguir até uma agência da Caixa Econômica Federal com a documentação. Não é necessário um intermediário para a realização desse processo.

G1

Compartilhe

Comente: Servidores presos por golpes no 'Minha Casa, Minha Vida'