Produtores pedem mais segurança no campo

Segundo a Delegada Taísa Antonella, com a crescente onda de assaltos na zona rural, foi decidido que a delegacia de crimes rurais de Goiânia irá trabalhar em conjunto com a PC de Rio Verde, uma forma mais agressiva de investigação


A polícia Civil de Rio Verde convidou produtores rurais para um bate papo na manhã de 23 de junho com o intuito de discutir sobre segurança no campo. A reunião foi comandada pela delegada da 8ª regional doutora Taísa Antonella e contou com a participação do delegado Alzemiro José dos Santos de Goiânia, do delegado Alexandre Câmara da Gepatri, do tenente-coronel da PM Aylon José de Oliveira, do inspetor da PRF Fábio Losi, do presidente do SR Walter Baylão Júnior, do secretário de agricultura Osório Martins e do presidente do Conseg Manoel Divino.

Segundo a Delegada Taísa Antonella, com a crescente onda de assaltos na zona rural, foi decidido que a delegacia de crimes rurais de Goiânia irá trabalhar em conjunto com a PC de Rio Verde, uma forma mais agressiva de investigação. “Os casos mais graves de furtos ou roubos na zona rural já estão sendo investigados pela delegacia de crimes rurais e a partir de agora as ações serão cada vez mais intensas”, explica.

A delegacia de crimes rurais será mais um apoio às investigações locais, mas o produtor rural  é o maior parceiro das polícias. “Infelizmente o déficit de policiais é visível, por isso a união de forças é fundamental, pois, os crimes rurais são os mais difíceis de serem investigados, pela falta de testemunhas e geralmente por acontecerem no período noturno”, comenta o delegado Alzemiro José dos Santos.

Durante a reunião, a polícia militar contou que a partir de julho estará dobrando o número de viaturas na zona rural e urbana e que o banco de horas dos policiais da zona rural será ampliado em 50%. “Nunca ser prendeu tanto em Rio Verde e nunca a população se sentiu tão insegura”, disse o tenente-coronel Aylon José de Oliveira.

Os produtores rurais presentes na reunião fizeram relatos de furtos e roubos e pediram explicações sobre armamento, fianças, efetivos e penas.

A delegada Taísa explicou que nos crimes onde a pena máxima não seja superior a quatro anos, os próprios delegados podem ditar a fiança e que ela é feita de acordo com a condição econômica do acusado. “Fazemos apreciação dos bens econômicos e ditamos a fiança”. Sobre o armamento, item muito questionado, ela explicou que existe uma diferença entre porte e posse de arma de fogo. O porte é válido apenas para profissionais da área militar, já a posse é permitida para qualquer cidadão, desde que o mesmo possua o registro que deve seguir alguns  passos: o primeiro é o requerimento no site da polícia federal, o segundo é a escolha da arma, o terceiro é a avaliação psicológica e o curso prático realizado com profissionais autorizados, o quarto passo é a autorização e o registro da arma e o quinto passo é levar a arma para o local autorizado. “Vale ressaltar que a posse não dá direito ao cidadão de transitar com a arma”, reforça a delegada.

Para o presidente do SR a reunião foi à oportunidade dos produtores esclarecerem dúvidas e tomarem ciência dos problemas que estão acontecendo no município. “É importante esclarecer que segurança pública é dever do estado e que as instituições, como, por exemplo, o Sindicato Rural, podem apenas cobrar do estado, infelizmente estamos mais trancados do que os bandidos”, conclui Baylão.

Ascom – Sindicato Rural

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