Polícia Civil quer melhor salário
Em Rio Verde, desde a última quarta-feira, apenas 30% dos serviços estavam funcionando na unidade.
Por melhores salários, policiais civis, médicos-legistas e peritos criminais de todo Estado entraram em greve por tempo indeterminado. O movimento para maior parte do grupo teve início na última quarta-feira 11 de julho. Em Rio Verde, desde à tarde da última quarta, a classe paralisou os serviços. Com a reivindicação de reposição salarial e melhoria de condições de serviço as unidades da Polícia Civil do município estavam funcionando até a última sexta feira, 13 de julho, apenas com os serviços de caráter essencial.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Goiás (Sinpol-GO), Silveira Alves de Moura, o salário dos policiais civis é de R$ 2.971 e a categoria quer que o piso suba para R$ 7.250.De acordo com Silveira, os delegados também querem que seus salários sejam equiparados ao dos delegados do Distrito Federal: "O último reajuste no salário foi feito em 2006. E o salário dos delegados equiparados ao dos delegados do DF foi uma promessa de campanha do governador Marconi Perillo".
Em nota, o governo do estado informou que a categoria passou por reajuste salarial em 2010. Em decorrência desta paralisação, foi proposto um reajuste de 20% vinculado à produtividade decorrente do cumprimento de metas. Os grevistas não aceitaram as condições."Queremos o reajuste salarial, a promoção dos delegados e a redução para o tempo de promoção de 4 para 2 anos. Se eles [o governo] quiserem incorporar o reajuste vinculado á produtividade, não tem problema", afirmou o presidente Silveira
Enquanto isso, ficam totalmente paralisadas as investigações de crimes como o da morte do comentarista esportivo Valério Luiz, assassinado a tiros no começo deste mês, em Goiânia. Apenas 30% das atividades estão normalizadas.
Prejuízos
Com apenas 30% do atendimento em funcionamento a população sofre com a falta de pessoal para a confecção de boletins de ocorrência. No último dia 12, a aposentada Dorivan Saraiva Mourão, procurou a delegacia de Rio Verde para registrar uma queixa de agressão e lesão corporal e encontrou a unidade com as portas fechadas. "Isso é um absurdo. Preciso de um documento daqui para fazer o exame de corpo de delito e não tenho como requerer porque a classe está em greve", esbravejou a aposentada.
Por Marisa Coutinho. Foto: Denísia Moura. Publicado no Jornal Tribuna do Sudoeste