Pais acusados de matar filha recém-nascida

Criança, de 14 dias de vida, foi morta por asfixia


Fernado Hilário Duarte, trabalhador rural de 30 anos, e a mulher, Rosimeire Jacinto da Silva, de 26, foram indiciados pela morte da filha, com 14 dias de vida, em Piracanjuba, no sul goiano. A Polícia Civil concluiu que a jovem asfixiou a criança com as próprias mãos. Finalizado na semana passada, o inquérito acusa os pais de homicídio triplamente qualificado: por motivo fútil, com emprego de asfixia e mediante recurso que torne impossível a defesa do ofendido.

O casal, que possui outros cinco filhos, está detido desde o dia 6 deste mês, quando o crime ocorreu. Segundo o delegado responsável pelo caso, Vicente de Paulo Silva e Oliveira, ambos negam ter cometido o crime. “Nenhum deles confessa. A mãe nega ter tido depressão pós-parto. Eles querem afirmar que a criança morreu porque tomou vacina. No entanto, uma morte em consequência de vacina não seria por asfixia mecânica direta. Eles dizem apenas que a criança morreu, mas eles não sabem como”, disse o delegado.

De acordo com Vicente, os pais são “dependentes crônicos de álcool e droga há mais de dez anos”. Para o delegado, o crime ocorreu durante um surto psicótico da mãe. “Eu sustento que o crime foi praticado durante um surto psicótico de etiologia toxicomaníaca, se a pessoa usa droga demais ou de menos, leva à loucura. Ela teve o surto e matou a filha, que dormia na cama com ela”, acredita o investigador.

A investigação aponta que o pai saiu da residência um pouco antes do assassinato, que ocorreu por volta das 7 horas. Mesmo assim, para o delegado, ele também é responsável pelo homicídio. “Ele foi indiciado pelo delito por dever de guarda, cuidado, proteção ou vigilância. Você tem que impedir o resultado. Ele é partícipe na medida que ele sabia o que ia acontecer devido ao estado da esposa dele, por ele fornecer drogas a ela”, disse Vicente.

Assessoria de Imprensa – Polícia Civil

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