Mais uma aluna denuncia racismo de professor
Segundo delegado, garota de 14 anos foi chamada de 'filha de chocadeira'
Uma estudante de 14 anos procurou a delegacia para denunciar que foi vítima de racismo do professor que é investigado pelo mesmo crime contra outro aluno, cometido em uma escola estadual de Rio Verde, no sudoeste de Goiás. Segundo a Polícia Civil, o docente fez comentários preconceituosos em virtude da garota ser .
"Ele disse que ela era filha de chocadeira e que, quando desaparece alguma coisa na sala, só poderia ser coisa de preto. Estamos investigando esse outro caso de racismo", disse o delegado regional de Rio Verde, Danilo Fabiano.
De acordo com o investigador, a menina registrou a ocorrência na última sexta-feira (27), após que outros colegas já haviam feito o mesmo. A garota estava acompanhada dos pais.
A garota deve prestar depoimento formal na terça-feira (1º). Já o suspeito não tem para ser ouvido. A Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) já havia informado que ele foi advertido por escrito e suspenso.
A polícia já apura uma denúncia feita por outro adolescente, também de 14 anos, contra o professor. Segundo o conselheiro tutelar Elismar Fernandes, que acompanha o caso, o docente fez uma piada que constrangeu o estudante.
"O professor apagou a luz e perguntou pelo nome do aluno, depois ligou a luz e falou que ele tinha aparecido. A sala inteira e o professor começaram a rir e o aluno ficou muito constrangido com a situação", afirma.
Cuspe
Além dos casos de racismo, também são investigados denúncias de agressão contra outro professor do mesmo colégio. A vítima, de 14 anos, que prefere não se identificar, diz que tem vergonha da situação pela qual passou com um dos docentes.
"O professor estava corrigindo as tarefas. Ele tinha terminado e falou que a gente podia conversar. A gente foi conversar e eu estava com o colega do lado. Ele chegou e cuspiu em mim", conta.
O aluno não informou sobre a situação para a direção da escola alegando que teve medo e que o professor ameaçava tirar notas dos alunos caso isso ocorresse.
G1