Projeto 'Rios Voadores' capacita professores

Eles aprenderão sobre a influência da Floresta Amazônica no regime de chuvas do Centro-Oeste


Rio Verde, importante polo agrícola no Centro-Oeste que depende do regime de chuvas para o sucesso de suas atividades, se beneficiará agora em outubro com as ações educacionais do Projeto Rios Voadores.

O projeto, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, promoverá, gratuitamente, oficinas de capacitação para professores de ciências e geografia da rede pública de ensino da cidade para que os educadores entendam a relação entre o deslocamento das massas de vapor de água provenientes da Floresta Amazônica e a ocorrência de chuvas no estado e em outras regiões brasileiras.

As oficinas ocorrerão em dois turnos (manhã e tarde), no dia 29 de outubro, no prédio da Secretaria Estadual de Educação. A capacitação dos docentes será feita pela professora Daniele Furtado, sob a coordenação do idealizador do projeto Rios Voadores, Gérard Moss.

A adesão dos educadores é realizada por meio das secretarias de educação. Em Rio Verde, com a parceria da Secretaria Estadual de Educação e da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, serão alcançados em torno de 100 professores.

As oficinas visam tornar os professores multiplicadores do tema, mostrando a influência que a Floresta Amazônica tem na vida mesmo de quem mora longe dela. “O professor exerce o papel de ferramenta multiplicadora de conhecimento. Os alunos entenderão como a destruição das matas, mesmo perto de onde moram, pode ter um impacto significativo sobre a chuva e o abastecimento de água em sua região,” explica o idealizador do projeto, Gérard Moss.

O termo “rios voadores” descreve um fenômeno meteorológico que são os cursos de água atmosféricos formados por massas de ar carregadas de vapor de água transpirada pelas árvores da Floresta Amazônica. Propelidos pelos ventos, são desviados pela barreira formada pela Cordilheira dos Andes e chegam ao Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, provocando, quando há condições meteorológicas propícias, a ocorrência de chuvas.

“Uma única árvore amazônica, de grande porte, com 20 metros de copa por exemplo, pode lançar até mil litros de água por dia na atmosfera. A Floresta Amazônica toda joga para a atmosfera diariamente mais água do que sai na foz do Rio Amazonas, o rio mais caudaloso do planeta. O desmatamento e as queimadas podem interromper esse ciclo e afetar o volume pluviométrico em boa parte o país”, complementa Moss.

O Projeto Rios Voadores é patrocinado pela Petrobras desde 2007. As pesquisas desta iniciativa, realizada em parceria com renomados cientistas brasileiros como Prof. Enéas Salati e Prof. Antonio Nobre, começaram com expedições aéreas comandadas por Gérard Moss, a bordo de um monomotor, para coletar amostras de vapor de água acima da floresta. O estudo visava entender melhor como o desmatamento poderia afetar o clima e alterar o ciclo das chuvas no país, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

Percebendo a necessidade de difundir esses conhecimentos para o público em linguagem acessível, o Projeto deu início às ações educacionais em 2010. Até hoje, já foram capacitados mais de 4.000 professores como multiplicadores de conteúdo e alcançados mais de 675.000 alunos no Brasil.

Certas cidades monitoradas pelo projeto, inclusive Rio Verde, ganharam uma página exclusiva no site. Assim, a comunidade poderá saber sobre a trajetória do vapor de água quando um rio voador aportar na cidade. Para informações complementares sobre o Projeto Rios Voadores, acessem www.riosvoadores.com.br.

Serviço:
Oficinas "Rios Voadores" de capacitação de professores
Data: 29 de outubro de 2015
Local: Prédio da Secretaria Estadual da Educação - Avenida Presidente Vargas, 2.342 Jardim Goiás - Rio Verde/GO

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