Fica movimenta a cidade de Goiás

O evento, aberto na noite desta terça-feira, dia 16, recebe cineastas, alunos e a população em geral que têm interesse no consagrado evento que chega à maioridade


A cidade de Goiás, a 136 quilômetros de Goiânia, vive o clima do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, o Fica 2016. O evento, aberto na noite desta terça-feira, dia 16, recebe cineastas, alunos e a população em geral que têm interesse no consagrado evento que chega à maioridade. Se em dias de semana comuns a cidade é mais parada, com o Fica o cenário é outro.

A sala de credenciamento, que fica no Quartel do Vinte, está sempre cheia de pessoas que chegam à cidade em busca de informações sobre as instalações e a programação. Pela cidade, se vê grupos chegando de ônibus, pessoas andando pela cidade com malas, equipamentos sendo descarregados, placas sendo montadas… A cidade começa a “ tomar a cara do Fica”.

E o evento vai até domingo, dia 21, com encerramento que contará  com show de Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. São seis dias de arte e cinema, com foco na preocupação e no cuidado com o meio ambiente, com fóruns, oficinas, mostra competitiva e outras atrações. Para muitos moradores da cidade, esta é a oportunidade de a antiga Vila Boa aparecer mais no cenário brasileiro e também movimentar a economia.

Neste ano, 356 filmes se inscreveram para a Mostra Competitiva do Festival. Foram selecionadas 22 produções: 12 estrangeiras e dez nacionais — quatro goianas. São filmes da França, Áustria, Alemanha, Bélgica, Índia, Irã e México; de estados como Maranhão, Paraná, Pernambuco, Ceará e São Paulo. Conta  ainda com 12 curtas de animação.

O Fica tem a maior premiação entre todos os festivais da América Latina, no valor de R$ 240 mil. O tema do Fica 2016 é o Cerrado. O tradicional cartaz do festival foi criado pelo artista plástico Rodrigo Godá.

Movimento na cidade
O gerente da Pousada do Ipê, Rogério Matos, afirma que os quartos estão todos reservados. Segundo ele, alguns cineastas e participantes estão chegando a cidade, mas muitos devem chegar mais no fim da semana. Para atender a alta demanda da época, ele diz que é preciso aumentar em pelo menos 30% o quadro de funcionários para garantir o bom atendimento e o conforto dos turistas.

Para ele, neste seis dias de evento, os setores de alimentação e hotelaria são os que mais faturam. Mas o gerente também lembra que setores que envolvem planejamento e logística para deixar tudo pronto para o evento, também têm forte movimento antes de o festival começar.

Para a proprietária de uma loja de artesanato, Quézia Barbosa, o movimento no setor que atua será maior no fim da semana. Ela conta que investiu em mercadorias como brincos, vestidos e peças de artesanato para o evento, com expectativa de o público ser maior neste ano do que nas edições passadas. “Neste ano não contratei mais funcionárias porque o evento é no mês de agosto e fica mais fraco para mim do que quando acontece em julho.”

Na Praça do Coreto, ponto importante da cidade, do famoso picolé de Goiás, o senhor João Barbosa, responsável pelo empreendimento, diz que nesta época do Fica, principalmente no final de semana, aumenta-se a produção dos picolés por conta da alta demanda. Para ele, os eventos que mais movimentam a economia no seu estabelecimento são o Fica, o Carnaval e a Semana Santa. Além do picolé, lá também tem sorvete, salgado e cerveja. Segundo João, o maior movimento é no final da tarde e à noite.

Apreciar o festival
Enquanto alguns tentam faturar, a estudante de Mestrado de Turismo da UNB, Kézya Coelho, veio para a cidade de Goiás buscar conhecimento. Ela conversou com a equipe do site Goiás Agora enquanto aguardava na Praça do Coreto o início do Fica Limpo, um dos primeiros eventos da programação. Ela disse que ficará até domingo (21) e a intenção é estudar o evento, já que é da área do turismo, e ao mesmo tempo a temática meio ambiente. “O Fica será meu estudo de caso com foco na sustentabilidade e a contribuição de tudo isso para o turismo na cidade”.

Morador há 40 anos da cidade de Goiás, Fabrício Godinho, acompanha a evolução do evento, que já está em sua 18ª edição. Ele comenta que já trabalhou na área da segurança durante alguns anos na época do festival, mas agora está mais como espectador.“A cidade fica cheia. É muito importante para nossa cidade”.

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