Estreia nacional em Rio Verde

Cidade será a primeira do Brasil a conferir o espetáculo Forasteiros, do grupo paulista de teatro Impronozes. Evento, gratuito, acontece na Praça da Matriz


Serão ao todo 15 mil quilômetros rodados, no período entre maio e novembro de 2014. 'Forasteiros', espetáculo com direção de Rhena de Faria, é um western-brasileiro inédito para toda a família, que será apresentado ao ar livre em 23 cidades do país, no projeto "Viagem ao Improviso".
 
A primeira cidade a receber os "Forasteiros" será Rio Verde, em Goiás, no dia 10 de maio, sábado, às 16h, na Praça Igreja da Matriz. Na semana seguinte, a peça faz única apresentação em Jataí, também no estado de Goiás, em 12 de maio, segunda-feira, às 16h, no Calçadão da Praça Olho D´Água. Na sequência, o grupo se apresenta nos estados de Minas Gerais e Mato Grosso.
 
O elenco é formado por atores do grupo paulistano "Impronozes" que tem como característica principal de formação o improviso teatral. A participação da plateia, através da sugestão de temas, é fundamental para a criação imediata das cenas, sempre com muito bom humor. Nas cidades por onde passar o espetáculo será também acompanhado de um jogo de improvisação com o tema sustentabilidade.
 
O que acontece a uma cidade quando chega um forasteiro? O que terá esta cidade a oferecer a ele? Que benefícios esta cidade recebe? Que troca se faz de um encontro inesperado?

Todo forasteiro chega a uma cidade em busca de algo. E todo forasteiro parte deixando algo para trás. É deste tipo de encontro que trata este espetáculo.

O espetáculo conta a história de um pequeno bando que chega, em um ônibus, a uma cidade desconhecida. Não se sabe de onde este bando vem, tampouco para onde vai. Cada integrante traz consigo poucas lembranças, todas relacionadas à sua cidade natal.

Gerald, o motorista do ônibus, veio de uma cidade onde todos caminham de costas. Seu maior prazer ao dirigir numa estrada é olhar pelo espelho retrovisor e ver o mundo ficando para trás. E isto é tudo o que Gerald sabe sobre si mesmo.

Lenny, o mais jovem, veio de um lugar onde se vendem coisas usadas. Toda a economia de sua cidade gira em torno das coisas que os habitantes jogam fora. Ele, porém, se apega a uma máquina fotográfica digital encontrada em um lixo e não consegue vendê-la. Ali, naquela máquina, estão contidas as memórias felizes de alguém e ele se sente responsável por guardá-las.

Martelina, assim como os seus amigos, não é capaz de se lembrar de grandes detalhes de sua vida, sua infância ou mesmo sua cidade. Tudo o que se sabe é que ela vem de uma cidade onde as pessoas fabricam o seu próprio sabão, e onde se usa a água da chuva para tudo.

E finalmente, Campbell: o mais introspectivo, que guarda consigo um grande mistério. Campbell é um homem totalmente sem memórias. Cabe aos forasteiros a missão de dar memórias a Campbell. Memórias que seus companheiros arrecadarão com a ajuda do público.
 
Construindo Cenas Improvisadas
As memórias de Campbell são criadas na forma de pequenas cenas improvisadas e, portanto, construídas na hora, aos olhos do espectador.  Os forasteiros servem-se de elementos dados pelo público para compor estas recordações e, consequentemente, as recordações de todo o bando, uma vez que estes elementos os ajudarão a definir qual será o elo existente entre eles.

A cada cena improvisada, os atores propõem um desafio diferente. Uma das cenas, por exemplo, é criada a partir de escolhas que a plateia faz na hora. Outra cena é criada a partir de frases escritas pelo público. Em "Forasteiros", tudo pode servir como inspiração: um nome, uma profissão, um costume ou mania, um momento feliz de algum espectador. Isto faz com que cada apresentação seja um encontro único, que jamais se repetirá.

O espetáculo conta com uma belíssima trilha sonora instrumental ao vivo executada em banjo e violão, com referências da música folk americana e da viola caipira brasileira.'
 
 
Rhena de Faria, a diretora
Participou de oficinas ministradas pelo Odin Teatret e seu diretor Eugênio Barba em sua sede em Holstebro - Dinamarca e pelos palhaços Leo Bassi, Ricardo Puccetti, Chacovachi e Léris Colombaioni, no Brasil.

Estudou Técnicas Circenses no Circo Escola Picadeiro, no Galpão do Circo, com o Grupo Acrobático Fratelli e com a Família Medeiros em diversos locais.

Possui diversos solos e alguns duos com Silvia Leblon (a palhaça Spirulina) entre eles o espetáculo de palhaças "Para Todas as Quedas", de sua autoria.

Como palhaça e improvisadora, participou de festivais no Chile, Colômbia, Peru e Argentina, sendo campeã no Mundial de Match de Improvisação realizado em Bogotá em 2008.

Atualmente dá aulas de Improvisação Teatral no Quintal de Criação e atua nos espetáculos da Cia. do Quintal "Jogando no Quintal - Jogo de Improvisação de Palhaços", "Caleidoscópio- um espetáculo de improvisação teatral", "O Eterno Retorno" e "A Rainha Procura" que foi uma das peças com maior número de indicações -- texto, figurino, direção e atuação -- ao prêmio FEMSA para peças infantis. Também dirige peças em outros grupos como a cia de palhaços "La Mínima", e a palhaça Rubra com o espetáculo "Escalafotética" em turnê noSESC.
 
Primeiras quatro cidades que receberão "Forasteiros"
Rio Verde – GO, 10/maio, sábado, às 16h, na Praça Igreja da Matriz
Jataí – GO, 12/maio, segunda-feira, às 16h, no Calçadão da Praça Olho D´Água
Uberaba – MG, 17/maio, sábado, às 16h, na Praça Magalhães Pinto
Campo Novo dos Parecis - MT , 24/ maio - Praça Municipal Odemir Ortolan

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