Sexualidade na escola
Caroline Arcari fala sobre temas polêmicos no Rio Verde Agora
A sexualidade é elemento presente em todos os estágios da vida, desde o nascimento. As descobertas de Sigmund Freud, que sistematizaram o conhecimento acerca da sexualidade infantil definindo-a como um processo inerente e fundamental da formação da personalidade alavancaram novos estudos, dirigindo a atenção de vários profissionais para a importância da Educação Sexual como parte da educação global e da saúde do indivíduo.
Para trabalhar a educação sexual na escola, é importante que toda a equipe pedagógica esteja em sintonia e que o Projeto Político Pedagógico esteja bem formulado e embasado em uma proposta inovadora e dialógica de educação. A Educação Sexual está prevista nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Cabe à escola adequá-la ao currículo e dividir com os pais as expectativas e os objetivos a serem construídos pela filosofia da escola.
O trabalho com a educação sexual também é uma parceria com a família, que deve ser informada e (por que não?) educada para entender a sexualidade e a responsabilidade que os pais têm na formação da identidade sexual dos filhos. Aceitar a criança como um ser sexuado, ou seja, que apresenta esta sexualidade das mais diversas formas é um grande passo para uma educação sexual saudável e consciente. Desenvolver pensamento crítico que conduza todos os elementos da instituição escolar a atitudes positivas em relação à sexualidade, entendida como processo inerente ao ser humano em todas as fases da vida é uma das tarefas da instituição escolar.
É muito comum encontrar escolas que acham que uma palestra anual realizada por um profissional de saúde sobre doenças sexualmente transmissíveis.
Possibilitar o entendimento da Educação Sexual como processo contínuo, informativo e formativo, agregando conhecimento aos valores morais;
Favorecer o processo de aprendizagem das questões sexuais como parte do conhecimento geral, livre de temores, angústias ou sentimentos de culpa;
Possibilitar o desenvolvimento de papéis sexuais, baseado nos direitos humanos, relações de respeito e igualdade entre as pessoas, superando toda a discriminação de gênero.
Valorizar o processo afetivo das relações sociais e as implicações éticas e morais de toda informação referente à sexualidade;
Favorecer o conhecimento e respeito ao corpo como elemento da saúde integral;
Propiciar a comunicação com a família, enfatizando o dever da escola
O professor, para se tornar um educador sexual, deve trabalhar interiormente as questões sexuais, livrando-se de preconceitos, superando os tabus e informando-se sempre, para ser um bom orientador e formador de valores.
AUTOR: Caroline Arcari