O bicho: leptospirose

A veterinária Mariana Rodrigues dá dicas de saúde para os bichinhos de estimação


O período de chuvas deve elevar o número de casos de leptospirose em pets. A bactéria Leptospira interrogans é eliminada na urina dos animais doentes ou portadores e é sensível ao sol e ambiente seco, porém sobrevive em ambientes úmidos e sem sol.A água das chuvas ajuda na disseminação da bactéria que, quando entra em contato com mucosa ou pele com ferimentos, passa a contaminar um novo indivíduo.

Os roedores são reservatório da doença, ou seja, possuem a Leptospira, mas não ficam doentes. Eles se alimentam de restos de comida, rações ou mesmo de fezes de animais e podem deixar sua urina nesses locais, favorecendo a contaminação dos animais de companhia. O animal doente também passa a eliminar a bactéria pela urina. Assim, o contato com essa urina, água contaminada, utensílios contaminados ou sangue do animal doente pode transmitir a doença a humanos e a outros cães.

Os primeiros sintomas da doença são febre, depressão, perda do apetite, vômito, desidratação, mucosas congestas, icterícia, urina escura e dor renal ou muscular. Na evolução da doença, são observados insuficiência renal, insuficiência hepática, hemorragias, lesões na pele, hematomas pelo corpo, úlceras na boca e língua e, em casos raros, necrose na ponta da língua. Ocasionalmente, observa-se aborto, meningite e inflamação intra-ocular. Ao notar esses sintomas em cães e gatos, mesmo que eles não tenham tido contato com água de alagamento ou enchentes, procure imediatamente um médico veterinário e isole outros animais da casa. Se o animal realmente estiver doente e não receber o tratamento adequado, certamente virá á óbito. Em caso de confirmação da doença, a família deve também procurar orientação com um infectologista sobre os cuidados e exames necessários para as pessoas que tiveram contato com esse animal.

A vacinação anual dos cães está no topo da lista de providências a serem tomadas. O mercado disponibiliza várias opções de vacina que incluem a proteção contra a doença e que evitam que o animal seja contaminado e desenvolva a doença. Outra dica importante é alimentar o animal em horários determinados, não deixando a ração à vontade e retirando os restos depois que o animal terminar a refeição, pois esses restos atraem os roedores.Lavar o ambiente dos cães com cloro, evitar acúmulo de lixo e restos de comida que atraem os roedores, não permitir o acúmulo de água parada ou ambientes úmidos e fechar buracos entre telhas e rodapés também são ações que auxiliam no controle de roedores.

Vacine seu cãozinho e mantenha sempre cuidados rígidos a fim de controlar roedores para manter seu animalzinho e sua família livres desta doença!

Por Mariana Rodrigues

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