A psicóloga Kátia Beal explica o o limite entre a ansiedade normal e a que te paralisa

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A ansiedade está presente em todas as pessoas, em maior ou menor grau. Todos nós já sentimos em algum momento de nossa vida medo, insegurança, desconforto, sensação de que algo desagradável vai acontecer. E muitas vezes, a ansiedade vem acompanhada de sintomas físicos como sensação de falta de ar, dificuldade de respiração, aperto no peito, calafrios, tremores, náuseas.

Até certo ponto, a ansiedade é normal e está presente em todas as fases da vida, nos protegendo dos perigos, nos preparando e nos adaptando para agir em casos de mudanças, das experiências novas, da busca pela identidade. Esta ansiedade é necessária.

A ansiedade deixa de ser normal e se torna patológica (problema) quando parece ser incontrolável, interferindo em vários aspectos de nossa vida, abrangendo o funcionamento psicológico, social e ocupacional e causando sofrimento. Nesses casos, a pessoa não consegue esperar o curso normal das coisas, se sente sempre apreensiva, costuma ser impaciente, sofre demais com pequenos erros, na maioria das vezes é perfeccionista, se cobra demais e cobra também aos outros para que nada falhe, sofre antecipadamente pensando no que vai ou no que pode acontecer. Além do sofrimento emocional vem também os sintomas físicos descritos anteriormente. Entre os transtornos de ansiedade podemos destacar o transtorno de ansiedade generalizada e o transtorno do pânico que são os que ocorrem com maior freqüência.

O tratamento da ansiedade inclui psicoterapia e intervenção medicamentosa, quando necessário. O indivíduo que sofre com a ansiedade precisa aprender novas formas de se relacionar com o mundo de modo a lidar de forma efetiva com seus sentimentos.

É necessário o entendimento de como seu pensamento e estado emocional contribuem para o aparecimento destes sintomas e como mudá-los, passando a agir assertivamente frente a uma situação em que poderia surgir a ansiedade, conseguindo, finalmente, manter o controle.

Aprendemos a lidar com a ansiedade analisando e compreendendo os nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos, os contextos nos quais eles ocorrem e as suas conseqüências. Nesta jornada de autoconhecimento (terapia) questionamos nossos pensamentos e a nossa forma de interagir com o mundo ao nosso redor. É importante explorar nosso mundo de uma maneira diferente, com o objetivo de redefinir nossos valores e de assumir uma postura ativa em busca dos nossos ideais de felicidade e auto-realização, uma vez que hoje em dia vivemos “correndo atrás”, muitas vezes não sabemos nem do que exatamente.


Dúvidas? Envie e-mail para nossa colunista, a psicóloga Kátia Beal katiabeal@gmail.com