Vigilantes da cadeia de Rio Verde acionados por improbidade

Eles são acusados de terem promovido a fuga das presas Sheila Vieira Faria e Juliana Ferreira Soares


Os vigilantes penitenciários Joseimar Alves da Silva e Nara Cristina Clemente de Oliveira, lotados no Centro de Inserção de Rio Verde, foram acionados pela promotora de Justiça Renata Dantas de Morais e Macedo, por terem promovido a fuga das presas Sheila Vieira Faria e Juliana Ferreira Soares, o que configurou a prática de ato de improbidade administrativa.

De acordo com a ação, no dia 29 de agosto de 2015, por volta das 21 horas, os dois vigilantes promoveram a fuga das presidiárias. Investigando a denúncia de que eles teriam levado Juliana em uma festa, em troca de favores, policiais militares foram ao presídio, sendo informados que os dois haviam levado Sheila para ser atendida numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas que Juliana estava na cela.

Em seguida, os policiais seguiram para a unidade médica e constataram com funcionários que não houve qualquer atendimento às presas Juliana ou Sheila e que os acionados sequer compareceram naquele local.

No retorno, os policiais conseguiram visualizar um carro, que passou algumas vezes em frente ao presídio, sem, no entanto, entrar no local. Em abordagem, foi constatado que os dois vigilantes estavam transportando as duas presas. Buscas policiais descobriram um revólver, de uso permitido com seis munições com Josimar, sendo que ele não tinha permissão de porte de arma de fogo e munições fora do expediente de trabalho.

Também foi verificado que a vigilante Nara Cristina, com a desculpa de levar as duas presas à UPA, para fins diversos das hipóteses legais referentes à permissão de saída, saiu com elas do presídio e, acompanhada das presas, encontrou Josimar, supervisor de segurança da unidade prisional, até serem surpreendidos em flagrante delito pela PM, por volta das 2h30.

Na esfera criminal, o vigilante Josimar foi denunciado por uso ilegal de arma de fogo de uso permitido e ele e Nara Cristina por terem promovido a fuga de pessoal presa, que é crime contra a administração da Justiça.

Agora, o MP aciona civilmente Josimar a Nara, pela prática de ato de improbidade administrativa, por terem atentado contra os princípios da moralidade e da legalidade.

Cristiani Honório / Assessoria de Comunicação Social do MP-GO

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