Tecnoshow 2014: Palestra abordou sucessão familiar

Auditório 2 ficou lotado de pessoas em busca de mais conhecimento sobre este tema recorrente no agronegócio


Quais são os custos de uma sucessão familiar? Quem pode entrar nos negócios da família? Como separar família de negócio? Estas foram apenas algumas das muitas dúvidas sanadas na palestra Sucessão e Gestão de Negócios Rurais Familiares, ministrada pelo consultor agropecuário, José Ney Vinhas, durante a tarde de hoje (8) no auditório 2 da TECNOSHOW COMIGO 2014.

Com o auditório lotado, o consultor explicou o receio que muitos pais têm de tratar deste assunto que é de suma importância para evitar discórdias familiares. “Quando falamos de sucessão familiar não estamos sugerindo morte, mas sim, mudança de ciclo. Nada mais é que ajustar regras claras de gestão, na qual possamos manter o negócio por várias gerações”, afirma. Para o médico veterinário e agropecuarista, Plínio Piva, este é um assunto que deve ser tratado desde cedo para que o negócio familiar seja bem sucedido. “Minha filha tem 11 anos e já tento estimulá-la a gostar da fazenda e do meio rural, mas é muito difícil, principalmente nesta idade”, acrescenta.

A palestra abordou o tema de forma bem humorada e diversificada, abrangendo áreas que vão desde a relação da família x patrimônio x negócio, até qual é a melhor estrutura tributária para o patrimônio e para o negócio. Segundo o consultor, atualmente este tema tem despertado bastante interesse por parte de filhos de agropecuaristas e também dos próprios pais. Além disso, ele alerta que o melhor momento para se trabalhar a sucessão é com pai e mãe vivos.

“O que falta na maioria dos grupos familiares é saber separar empresa de família”, acrescenta ao afirmar que esta separação, juntamente com regras claras com relação à administração, entrada e saída de sócios, cessão de participação na sociedade e princípios de Governança estabelecidos, são alguns pontos importantes e que devem ser transparentes para todos os sócios.

Quem já sabe desta necessidade e contrata, há dois anos, serviços de consultoria agropecuária é o agricultor de Rio Verde, Vanderlei Secco. Ele e o filho, Vanderlei Secco Júnior, participaram da palestra e afirmam que, independente do tamanho do negócio, este tema deve ser tratado com bastante respeito e seriedade. “Quando as pessoas não se preocupam em cuidar do que é da família com responsabilidade e zelo, um negócio que sobreviveu durante várias gerações pode morrer e levar com ele a harmonia familiar”, revela o agricultor.

A preocupação do agropecuarista, Gustavo Hattes, ao querer se inteirar mais do tema é preparar o futuro dos filhos de 5 e 2 anos. Ele afirma que o planejamento do negócio em conjunto com a família é fundamental para que o patrimônio não se perca entre as gerações.

Durante a palestra, José Ney Vinhas, discorreu sobre as etapas do processo sucessório e como lidar com cada uma delas. Ele também deu sugestões para a condução do processo de forma inteligente e responsável, como acertar o passado para depois construir as regras para o futuro, lembrar-se de sempre proteger os pais, buscar, ao máximo, evitar a ruptura da família e, principalmente, preocupar-se em passar às novas gerações não apenas informações técnicas, mas a paixão pelas raízes da família e pelo próprio negócio.

E as vantagens da organização prévia da sucessão familiar são inúmeras, já que será possibilitada uma relação harmoniosa da família, estabelecida uma relação profissional entre pais, filhos e netos, e permitida que as novas gerações conheçam o negócio mais cedo e, com isso, possam tomar decisões com relação às suas carreiras profissionais. Além disto, a família ficará tranquila com relação ao processo de sucessão em caso de óbito de familiares ligados ao negócio, sendo reduzidos, além dos atritos, os custos. “E, com isso, as pessoas poderão vencer o desafio de transformar a família em uma família empresária”, finaliza o consultor.

MAC Assessoria de Imprensa

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