Rompimento de barragens deixa rastro de destruição

Mais duas represas em Santa Helena de Goiás podem romper a qualquer momento


O rompimento de duas barragens em Santa Helena de Goiás, na última quarta-feira (2) afetou, em efeito dominó, mais duas represas que podem romper a qualquer momento caso não sejam tomada as devidas providencias, alertam autoridades.

De acordo com informações da Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima) as duas barragens que romperam começavam no Clube Recreativo de Santa Helena e se estendiam até a captação de água da Monsanto. A água, informou o órgão, era utilizada por diversos agropecuaristas e a barragem tinha outorga.

“A represa tem 44 anos, rompeu à 1h da manhã de terça, e os fiscais buscam saber em qual nome a represa está registrada. É possível que não tenha licença nem registro. O Clube alega que somente tem autorização de captar água na represa”, informou em nota a Secima.

O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), Luziano Severino de Carvalho, informou a reportagem do Diário da Manhã  que entre os fatores que contribuíram com o rompimento da primeira barragem, na última quarta-feira, podem estar falha humana ou técnica associada a chuva intensa. Conforme o delegado, há a possibilidade que a comporta da represa estivesse fechada o que teria impedido que a água escoasse, o que seria preciso já que no dia, teria chovido 159 milímetros – um volume acima do normal.

“A duas represas romperam em um efeito dominó e está na eminencia que poderão romper mais duas. Teve uma falha, a informação é que a comporta estava fechada, além de ser uma represa antiga, sem manutenção. Pelas informações ela encheu e a comporta estava meio fechada e por isso houve o rompimento”, conta.
Alerta
Luziano adverte que duas barragens, que ficam entre as que romperam e apenas foram danificadas, correm um risco de romperem, se nada for feito. Ele sugere que para haver uma solução segura é preciso, com urgência, de um técnico qualificado para ver quais providencias emergenciais devem ser tomadas.

“Corre o risco, inclusive, de o dano ser ainda maior. Nós tivemos informações de que além de danos ambientais, como a destruição da mata ciliar, houve também prejuízo econômico porque diversos criadores de peixe tiveram sua piscicultura destruída”, declara o delegado.

Ele revelou que a distância atingida pelo rompimento da barragem foi de cinco quilômetros. “Temos que buscar agora é uma solução para o problema”. Luziano acrescentou que o secretário de meio ambiente de Santa Helena está elaborando um relatório, bem como o Batalhão Ambiental da Região de Rio Verde, no qual constará o nome dos proprietários das barragens.

Diário da Manhã

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