Rio Verde tem o segundo melhor resultado do País no setor agropecuário

Com cifras bilionárias e destaque nacional, município também subiu no ranking do PIB goiano, ficando na quarta colocação


O município de Rio Verde foi destaque na participação do Produto Interno Bruto (PIB) nacional no ano de 2013. Conforme dados divulgados nesta sexta-feira (18/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade teve o segundo maior resultado do País em relação ao setor Agropecuário.

No período compreendido, Rio Verde acumulou mais de R$ 1 bilhão no setor, ficando atrás apenas do município de São Desidério, na Bahia, que registrou o montante de R$ 1,3 bilhão. Também aparecem no ranking nacional, os municípios goianos de Jataí, em 5º lugar, com R$ 915,5 milhões, e Cristalina, na 8º colocação, com R$ 755,3 milhões.

Segundo o estudo, Rio Verde se destacou devido à atividade produtiva integrada, envolvendo a produção agropecuária e o seu processamento em escala industrial, especialmente no ramo alimentício. A dinâmica dessas duas atividades também fez com que os setores de serviço e de transporte fossem impulsionados.

“O destaque, nas lavouras temporárias, foi a produção de grãos, principalmente milho e sorgo, cana-de-açúcar, café e soja. Na pecuária, o município se destacou na criação de suínos. A silvicultura também ganhou participação no município”, narra o estudo divulgado pelo IBGE.

O resultado positivo em âmbito nacional também fez com que Rio Verde saltasse da quinta para quarta posição no ranking do PIB goiano, ultrapassando o município de Catalão, que perdeu a posição devido à queda na indústria de transformação, enquanto Rio Verde cresceu não apenas na agropecuária, mas também em todos os setores da economia.

Cresce participação de municípios do interior no PIB goiano

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos 246 municípios goianos, referente ao ano de 2013, mostra que o interior do Estado continua ganhando espaço no crescimento econômico e na distribuição de renda, puxado principalmente, pelo desempenho do setor agropecuário.

Do total do PIB estadual, de R$ 151,01 bilhões, a participação da capital caiu de 27,3%, registrado em 2012, para 26,8%, enquanto a dos demais municípios do interior passou de 72,7% para 73,2%. Os dados são do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), realizados em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a superintendente do IMB, Lillian Prado, a agropecuária foi o setor que puxou e garantiu o crescimento do PIB em 41,9% dos municípios goianos, seguido de serviços (34,6%), administração pública (13,4%) e a indústria (10,2%). Cristalina e Chapadão do Céu são exemplos de municípios que se destacam em 2013 graças ao setor primário.

Por outro lado, a administração pública foi a que mais perdeu representatividade no PIB influenciada pelo ganho de participação do setor agropecuário, enquanto as atividades da indústria e serviços não tiveram grandes oscilações. Como exemplo, os municípios de Corumbá de Goiás e Flores de Goiás, que tinham a administração pública como atividade principal em 2012, teve a agropecuária como destaque na economia em 2013.

Desconcentração
Em Goiás, conforme o estudo, houve uma pequena desconcentração de renda gerada nos dez maiores municípios. Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Catalão, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Senador Canedo e Cristalina foram responsáveis por 59,6% da renda em 2013, enquanto que, em 2012, este índice havia sido de 60,4%. Segundo o IMB/Segplan, isso ocorreu devido à perda de participação na geração de riquezas dos municípios de Goiânia, Anápolis e de Catalão, que foi o único que diminuiu o valor do seu PIB, de R$ 6,46 bilhões para R$ 6,19 bilhões.

Em 2013, os destaques no PIB municipal foram para Cristalina, que entrou na lista entre os 10 maiores do Estado, desbancando Valparaíso de Goiás, e Rio Verde (4º), que ultrapassou Catalão (5º). Rio Verde foi favorecido devido ao crescimento de todos os setores da economia, enquanto Catalão perdeu posição devido à perda ocorrida na indústria de transformação.

Os municípios goianos com as menores economias registradas em 2013 foram: Anhanguera, Cachoeira de Goiás, Teresinha de Goiás, Buritinópolis, Jesúpolis, Guaraíta, Damianópolis, Palmelo, Guarinos e Adelândia, que ocupou o lugar de Moiropá.

Já a capital goiana se manteve como a 17ª economia brasileira (posição que ocupa desde 2010), enquanto Anápolis ficou no 63º lugar no ranking dos 100 maiores municípios brasileiros, encabeçado por São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Jornal Opção

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