Rio Verde avalia romper com Odebrecht

Obrigações da empresa não estão sendo cumpridas na cidade


Desde que a atual gestão assumiu a prefeitura de Rio Verde, no Sudoeste goiano, o contrato de concessão da Odebrecht Ambiental, assinado com a Saneago para a expansão da rede de esgoto tem sido avaliado pela procuradoria geral do município. A ideia, até então, é verificar juridicamente a possibilidade de rompimento e quais seriam os danos se isso fosse efetivado.

No início do ano, uma comitiva da empresa se reuniu com o prefeito Paulo do Vale (PMDB) e teria, segundo informações da prefeitura, sido pressionada para retomar obras que estavam paradas. Hoje, elas estão em andamento, mas o avanço ainda é tímido. Desde novembro de 2013, a rede de esgoto da cidade expandiu apenas 10,6%, a frente apenas de Aparecida de Goiânia.

O contrato com a Odebrecht e o serviço realizado foram duas das principais pautas da disputa eleitoral no ano passado. A população reclama do valor da taxa paga, mas a Saneago informa que o valor é o mesmo cobrado por ela, seguindo os porcentuais e tarifas autorizadas pela Agência Goiana de Regulação, Controle e Fiscalização dos Serviços Públicos (AGR).

Rio Verde, hoje, tem uma cobertura da rede de esgoto de 56,6%, a segunda maior entre as cidades que fazem parte do contrato assinado entre Saneago e Odebrecht Ambiental. A maior cobertura é em Jataí, que atingiu os 77%, após um avanço de 20% da rede, desde 2013. Apesar disso, a prefeitura do município também avalia as vantagens do contrato e criou uma comissão, comandada pela vice-prefeita Simone Oliveira Gomes, para acompanhar o cumprimento do que foi estabelecido. A primeira reunião ocorreu na semana passada.

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