População deve manter cuidados intensivos contra a dengue

As mortes causadas pela doença neste ano quase se equivaleram às mortes do ano passado


A Secretaria da Saúde mantém o alerta máximo no combate aos focos do mosquito transmissor da dengue, mesmo com o tempo seco na Região  Centro Oeste. De acordo com o  coordenador de Controle de Dengue e Febre Amarela da Secretaria da Saúde, Murilo do Carmo Silva, as  mortes registradas este ano se aproximam do total de casos ocorridos durante todo o ano passado.

“Ontem mesmo tivemos uma reunião para analisar a natureza de outros oito óbitos. Estamos diante da manifestação de uma doença que as pessoas esquecem que mata. É muito importante o cidadão buscar atendimento médico, logo nos primeiros sintomas. 45% dos óbitos registrados na Região Metropolitana de Goiânia só foram confirmados como causados pela dengue durante a avaliação necropsial.  As pessoas estão morrendo sem ao menos saber que é por causa da dengue”, declara.

Plano de Contingência
A Secretaria da Saúde possui um Plano de Contingência  que passa a ser utilizado diante de quadros considerados epidêmicos. “Esse plano contempla uma série de ações que devem ser constantemente realizadas, seja no período de chuva ou mesmo de estiagem.  Dentro desse plano, temos ações de caráter educacional, de manejo clínico e preparação de equipes de saúde para lidar adequadamente no diagnóstico, identificação da gravidade, cuidados e notificação eficiente dos casos. Estamos trabalhando em todas as frentes para contribuir com o combate da doença”, detalha Murilo.

Outro projeto idealizado e realizado pelo Hospital de Medicina Alternativa (HMA) tem contribuído para atenuar os efeitos provocados pela manifestação agressiva da doença, como febre alta e dores no corpo. A medicação homeopática produzida pela unidade é  distribuída gratuitamente a municípios goianos conveniados.  O programa Dengue e Homeopatia tem conseguido agir preventivamente e profilaticamente na manifestação da doença.

Números da dengue
Em Goiás, até o dia primeiro deste mês, mais de 139 mil pessoas contraíram doença e 30 morreram. Um aumento de 20% no número  de mortes, em comparação ao mesmo período do ano passado. Dezessete pessoas morreram por complicações da doença e  13 por dengue hemorrágica. A Secretaria também investiga as causas de outras oito mortes.

Os 139.319 mil casos registrados até o último dia 1º de junho representam um aumento de 632,94% nos números do ano passado. Goiânia lidera o ranking de cidades com maior incidência com 52.746 notificações, seguida de Aparecida de Goiânia com 12.017; Itumbiara 6.819; Anápolis 6.238; Rio Verde 6.131 e Trindade 3.443.

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