Onze agentes públicos estão trabalhando em Rio Verde

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A atuação em cooperação entre a Polícia Civil e a Força Nacional de Segurança se iniciou efetivamente nesta segunda-feira, dia 9. O grupo do Ministério da Justiça recebeu instruções no auditório da Secretaria de Segurança Pública na manhã de hoje e segue agora para o trabalho. A parceria integra a Estratégia Nacional de Segurança Pública (Enasp) que tem como objetivo diminuir o número de homicídios em território nacional. Ela tem várias metas, entre elas a Meta 2 focada na redução do passivo de inquéritos não concluídos nas Polícias Civis estaduais. Goiás possui aproximadamente 2,9 mil inquéritos de crimes ocorridos até 2008 a serem investigados.

A vinda da Força Nacional de Segurança é decorrente de solicitação do governador Marconi Perillo ao Ministério a Justiça. A cooperação é necessária para que a Polícia Civil continue investigando os crimes mais recentes, até o ingresso dos aprovados em concurso público previsto para o mês de janeiro. Esse acúmulo de investigações foi gerado em uma época em que as delegacias goianas careciam de estrutura.

“Ninguém tem dúvidas da qualidade do trabalho da Polícia Civil do Estado de Goiás. É uma polícia que de fato tem alcançado índices de esclarecimento acima da média do nosso País, que faz um excelente trabalho e esse trabalho é reconhecido pela sociedade. É importante frisar: nós temos diversos policiais civis e militares que hoje compõem a Força Nacional de Polícia Judiciária e a Força Nacional de Polícia Ostensiva, atuam em diversos estados. A cooperação entre os entes da Federação é absolutamente rotineira. O que nós estamos fazendo aqui é consolidar esse apoio”, argumentou o secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita.

O secretário pontuou ainda que a Força Nacional representa reforço no efetivo (com um número maior de agentes para dar suporte à Polícia Civil) e dedicação integral ao trabalho. Ele avaliou que se trata de um grupo que irá contribuir positivamente nas investigações com técnica, imparcialidade e competência.

Os trabalhos da Força Nacional em Goiânia serão coordenados pelo titular da Delegacia de Repressão a Ações de Organizações Criminosas (Draco), Alexandre Pinto Lourenço. Junto com ele atuará como interlocutor da Força o delegado da Força Nacional, Márcio Belchior. De acordo com Márcio, esse é um trabalho de muita investigação e de altíssima complexidade. “É um programa de cooperação federativa em que se apoia o Estado e ele está nos apoiando para que possamos desenvolver o nosso trabalho”, afirma.

O convênio entre o Governo de Goiás e a União tem prazo de 90 dias, prorrogáveis por mais 90. O diretor-geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski, adianta que é provável que esse trabalho da Força seja substituído com o ingresso de mais de 700 policiais civis aprovados em recente concurso e que iniciam agora o curso de formação. A partir da posse desse grupo, a Polícia Civil poderá dar vazão a esses inquéritos.

Logística
São 22 agentes, oito escrivães e quatro delegados da Força Nacional de Segurança. Desse total, 23 agentes públicos vão atuar em Goiânia (delegados e suas respectivas equipes) e 11 em Rio Verde (um delegado e equipe) sob a coordenação do delegado da Polícia Civil, Danilo Fabiano Carvalho e Oliveira. Segundo o delegado da Draco, Alexandre Lourenço, toda a logística para o trabalho está pronta. Inclusive, todo o trabalho de inteligência da Polícia Civil está voltado para atender a Força para o desenvolvimento das atividades.

“A Força Nacional tem um desenho próprio de atuação que não se diferencia tanto das demais polícias. Até porque ela segue um ordenamento todo pautado pela Constituição Federal e código de processo. Os delegados vão receber carga de inquéritos nossos com fatos ocorridos até 2008 e a partir de então dessa carga, vão passar a investigar os casos especificamente”, esclarece. Ele pontua que mesmo dando esse apoio à Força Nacional, a equipe da Draco permanecerá com as investigações que já lhe competiam.

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